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(Publicado no Urtiga 144 - maio/junho 2001 - pág. 7)




N ão se trata de um pássaro. Nem de um ratinho voador. É um simples morcego, em sua ronda noturna. Ele é o único mamífero que pode voar, um anjo da guarda, noturno, com fama de mau. Na verdade, ele é útil ao homem. No mundo há mais mil espécies. Só no Brasil habitam duzentas.

A fama de malvado dos morcegos vem de um grupo deles: os vampiros, que se alimentam do sangue de animais. A lenda exagera. Apenas 3 tipos de morcegos têm este hábito. Ao contrário do que se pensa, eles não sugam sangue. Com seus dentes afiados, fazem pequenos cortes nos animais. A vítima nem sente dor. Depois, só lambem as feridas. O problema é que morcego-vampiro pode transmitir raiva. Ele se contamina com um animal doente, e aí pode repassar a moléstia.

A maioria dos morcegos brasileiros buscam outros alimentos. Os insetívoros capturam baratas e mariposas em pleno vôo. Já os frugívoros têm papel importante na formação de florestas, comendo frutas: 30 minutos depois de engolidas, suas sementes serão espalhadas. Podem ser até 6000 sementes numa única noite!

Outro grupo de morcegos alimenta-se do néctar das flores. Assim, como a abelha e o beija-flor, ele poliniza as flores. Só que trabalha à noite. Então, poliniza mais de 200 tipos de vegetais, cujas flores desabrocham no período noturno.

A fama de sinistro continua disseminada pelo grupo de morcegos carnívoros. Fama infundada. São algumas espécies que comem pequenos animais. Existem ainda algumas espécies que se alimentam de peixes.

Cientistas chamam morcegos de quirópteros. Quiro quer dizer mão e ptero, asa. É que a asa do morcego é sua própria mão. Isso mesmo. Ele têm dedos muito compridos, separados por uma pele tão fina, que parece papel. O corpo é pequeno, as orelhas grandes. Ao contrário do que muitos pensam, morcego não enxerga no escuro. Para se orientar ele emite sons que o homem não consegue ouvir. É através do eco desses ruídos que ele se orienta e não esbarra nas coisas.

O passeio noturno é regra básica. A maioria das espécies de quirópteros dorme o dia todo. Para um longo cochilo, morcegos não se apertam. Cavernas, ocos de árvores ou folhas de palmeiras são locais perfeitos para um descanso.

Fonte: "RedeAIPA"


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