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DICAS VERDES

DE BRASILEÍNA A BRASILEIRO

(Publicado no Urtiga 145 - julho/agosto 2001 - pág. 7)




Sao poucos os que restam na natureza! (ilusr: Dian)N atural da mais vistosa Mata Atlântica, nosso tão falado e pouco visto pau-brasil integrava a vegetação litorânea desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Nos tempos coloniais, sua extração ajudou a enriquecer os colonizadores europeus, só que empobreceu as florestas brasileiras. 

Resultado: atualmente, nosso amigo só é encontrado em pontos isolados do Brasil e está na lista das árvores brasileiras ameaçadas de extinção. No mês da árvore - setembro - esta é uma das espécies mais disputadas, porém rara nos viveiros.

É que pau-brasil é um símbolo do Brasil. Todos já ouvimos que foi dele que nasceu o nome nosso país. Mas o que poucos têm idéia é como isto aconteceu. Resumindo: até a 130 anos atrás, quando se inventou a anilina, extraía-se a brasileína do pau-brasil, corante natural utilizado para tingir tecidos e fabricar tintas de escrever.

E mais: quem fazia o serviço pesado de derrubar a árvore e levá-la embora, para extrair a brasileína - contribuindo para a extinção da espécie - era chamado de brasileiro!

É claro que o conhecido pau-brasil ganhou outros nomes por causa da sua madeira de cor avermelhada: pau-de-tinta, ibirapita ou muirapiranga. Mas seu nome científico é um só: Ceasalpinia echinata Lam.

Quando chega à idade adulta, o nosso amigo pode atingir 28 metros de altura. Suas flores são amarelas e perfumadas, aparecendo nos meses de outubro e novembro. A madeira desta importante árvore, lustrosa, lisa e resistente, já foi muito útil na construção civil e naval. Mas, devido à sua raridade, hoje só é usada na fabricação artesanal de arcos para violino.

Atualmente, alguns viveiros de mudas nativas já multiplicam esta importante árvore, como é o caso do viveiro da AIPA, que já produziu mudas da espécie em diferentes épocas.

Vale lembrar e comemorar: além do Dia da Árvore, pau-brasil tem outra data oficial, só para ele - 7 de dezembro.

Fonte: "RedeAIPA" adapt: Nathalia Paccola

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