É na primavera e no verão que saúvas saem para acasalar. São verdadeiros vôos nupciais onde os bitus, que são os machos, fecundam as fêmeas. Tem mais. Na verdade a rainha fêmea funda um novo formigueiro ou colônia. É que o macho sempre morre após o vôo nupcial, pois cai no chão sem energias e sem ninguém para alimentá-lo. Já a rainha foi muito bem alimentada e tem reservas de energia em seu corpo.

Quando está no chão, a rainha procura uma fenda para construir seu abrigo. Ali, protegida, ela decepa suas asas e põe as primeiras crias. Apesar de estarem ainda um pouco debilitadas, as recém nascidas já saem para trabalhar e alimentar a rainha mãe que continua a se reproduzir. O aspecto físico do formigueiro de dona saúva se assemelha a panelas subterrâneas. Elas se interligam por caminhos vicinais. A comunicação interna continua com estradas e canais que sobem ao solo: são os olheiros.

Dentro do formigueiro, as saúvas depositam pedaços de vegetais, que elas buscam no ambiente externo. Quem pensa que esta é sua comida, se engana. Na verdade, isto serve para cultivar uma espécie de fungo chamado Rhozites gongylophora. Este sim, é a verdadeira comida de nossa amiga.

A colônia tem também as formigas assexuadas. São as obreiras, que perfuram os canais. E as ceifeiras, que recebem e repicam as folhas e cuidam do fungos. Para guerrear e proteger o formigueiro, existem os soldados. E por último tem as carregadoras. São aquelas formigas que andam em fila indiana, ocupadíssimas, carregando folhinha até sua casa.