Do final de agosto ao início de setembro, acontecerá a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, promovida pela ONU, que já ganhou pelo menos dois apelidos oficiais:

1. Conferência de Joanesburgo , pois ocorrerá na capital da África do Sul,
2. Rio + 10, já que o objetivo é avaliar o que aconteceu no campo do desenvolvimento sustentável desde a Eco-92, ou Rio-92, promovida no Rio de Janeiro em 1992 (saiba mais sobre a Conferência de Joanesburgo nas páginas centrais).

Pensar globalmente...., agir localmente. Este lema ecológico, que ganhou mais divulgação a partir da Eco-92, vem sendo seguido pela AIPA, em Itu, desde seu nascimento, em 1986. Completando 16 anos no final de fevereiro, a Associação prossegue com suas atividades na região de Itu.

No campo da Educação Ambiental, todo ano é um recomeço. Neste ano, a equipe da AIPA semeou algumas novidades no Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos. Marcelo Mattiuci, coordenador de Educação Ambiental, detalha: neste projeto, a horta é o carro-chefe da ação na escola, com os alunos aprendendo a plantar e tratar das hortaliças sem precisar dos perigosos agrotóxicos. Não fica só em hortaliças: o espaço da horta servirá para cultivar flores e até mesmo mudas de árvores. Um exemplo de atividade prática diretamente relacionada à horta é a produção de composto orgânico, fertilizante natural à base de restos de alimentos e outros materiais que iriam para o lixo. Da horta para a cozinha: após a colheita, os alunos prepararão saladas, bolinhos e outras receitas fáceis e saudáveis.

Atividades em sala de aula e comunitárias... complementam a proposta. Na sala de aula, pesquisas, desenhos, montagens de maquetes, desafios e debates animarão o dia a dia da criançada. Saindo das quatro paredes da escola, as famílias e comunidade serão envolvidas em atividades como campanhas de arrecadação de "lixo que não é lixo". Já deu para notar a horta puxa outros assuntos, como lixo, uso de água. Neste ano, um novo tema entrará em pauta, tendo em vista inclusive o evento mundial: Desenvolvimento e Consumo Sustentável.

Mattiuci conta que três instituições já estão começando as atividades em fevereiro: Colégio Terras e Colégio Integrado Monteiro Lobato, envolverão estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental I, enquanto que o Colégio Prudente de Moraes em Salto trabalhará a horta com os de Ensino Fundamental I. As demais escolas que já renovaram o convênio com a Associação iniciam as atividades práticas em março: Colégio Almeida Júnior (Ensino Fundamental I), Colégio Castelinho (agora Castelinho - Pueri Domus e estendendo o curso para suas novas turmas do Ensino Fundamental I), além de duas escolas de ensino infantil: Além do Arco-Íris e Pinguinho de Gente.

Estas sete escolas com as quais a Associação já fechou convênio em 2002 ganharão um espaço a mais, no site da associação(www.aipa.org.br), para relatar atividades interessantes, resultados, ou/e causos que tenham acontecido no decorrer da aplicação do projeto. É uma forma de divulgar o trabalho, que é diferente em cada instituição, tornando-se exemplo na região e fora dela.

  Ao lado deste programa, a Equipe de Educação Ambiental continuará a promover seu Curso de Capacitação de Hortas Orgânicas e as visitas orientadas à sede da Associação. No campo da Comunicação Ecológica, Urtiga continuará como jornal bimestral distribuído nas escolas, como suplemento e remetido gratuitamente aos sócios da AIPA. A versão on-line sairá também no site www.aipa.org.br, que está sendo renovado. A primeira novidade já está no ar: Educação Ambiental tornou-se uma seção, com espaço para dicas, textos inspiradores, legislação do setor, além – é claro – da descrição das atividades da Associação nesta área (veja outros detalhes em Ecos, última página).

O viveiro da AIPA também muda, em 2002. Diante das dificuldades para alcançar a auto-sustentabilidade com pessoal próprio, a opção foi repassar as principais tarefas à Flora Natureza, empresa ituana especializada em comercialização de plantas, que já tinha uma pequena produção própria e era parceira da Associação nesta área. Pela proposta, uma porcentagem das mudas produzidas será destinada à doação pela Aipa, para escolas e outros grupos que garantam o plantio. Como interpreta Juljan Czapski, presidente da Associação: "o que torcíamos para que se tornasse uma fonte de renda e sustento dos outros projetos da Aipa estava consumindo recursos que não tínhamos. Esperamos, assim, podermos prestar mais serviços à comunidade".