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(Notas publicadas no URTIGA 148 - janeiro/fevereiro 2002 - última pág.)

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - AIPA EM DEBATE

SITE DA AIPA - CARA NOVA - 1

SITE DA AIPA - CARA NOVA - 2

POLUIÇÃO À VISTA - 1

POLUIÇÃO À VISTA - 2

POLUIÇÃO À VISTA - 3

POLUIÇÃO À VISTA - 4

POLUIÇÃO À VISTA - 5

NOVO SECRETÁRIO

DATAS COMEMORATIVAS - FEVEREIRO

AIPA EM DEBATE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O professor pode aproveitar a lei que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (tornando-a obrigatória, não como matéria à parte, mas em todas disciplinas) para desenvolver atividades com temas como a horta, o lixo e saúde pública. Esta foi uma das conclusões de uma mesa redonda realizado em Itu, em 12 de dezembro, durante o I Encontro de Profissionais de Educação no programa Formação em Serviço, que teve como debatedores educadores, ambientalistas e representantes de órgãos municipais, falando a um público de mais de 300 professores. Convidada para debater o "Papel do Professor na Educação Ambiental", a AIPA - representada por Silvia Czapski, coordenadora de comunicação e fundadora da entidade - comentou os Parâmetros Curriculares Nacionais propostos pelo MEC e o projeto "Hortas Escolares sem Agrotóxicos", classificado como referência nacional em Educação Ambiental pelo Ministério. Também participaram do debate Valéria Rusticci, presidente da Cooperativa de Material Reciclado de Itu (Comarei), Glaucios Celsios Cardozo, professor de informação, educação e comunicação e Susani C. Souza, coordenadora do curso de Biologia do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp,) que atuou como mediadora (fotos cedidas pelo itu.com.br; confira outras, no site da AIPA - seção notícias)
SITE DA AIPA - CARA NOVA - 1: A AIPA está comemorando mais um ano de vida com a reformulação de seu site, e o início de colaborações com outros sites parceiros, na região. A área de Educação Ambiental tornou-se uma seção, com novas áreas especiais para quem quer atuar no setor: uma página com leis brasileiras de Educação Ambiental, outra apresentando os principais Tratados, nacionais e internacionais, e uma terceira, reunindo textos inspiradores para quem quer cuidar e ensinar sobre o meio ambiente. Ao mesmo tempo, será aberto um espaço para as escolas participantes do projeto "Hortas Escolares sem Agrotóxicos" contarem seus causos e sucessos
SITE DA AIPA - CARA NOVA - 2: Depois da seção Educação Especial, virá as seção Viveiro (que incluirá novas dicas, escolhidas a partir das perguntas mais freqüentes recebidas pela Associação). Caracterizado como um site de conteúdo, poderão ser criadas, ainda, novas seções temáticas. Também faz parte da reformatação do site da Aipa o envio de textos especiais para os parceiros deste projeto - Spalia.com, Itu.com.br e Theway.com.br - que ofereceram espaço em seus sites. A proposta inicial é divulgar as experiências do projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos
POLUIÇÃO À VISTA - 1: A notícia de que Sorocaba - onde a água já é pouca e a poluição do ar, alta - pode ganhar uma usina termoelétrica (UTE), que agravaria estes problemas ambientais, caiu como uma bomba na região, no início de dezembro. Tudo começou quando, obedecendo às normas regimentais, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente entregou aos representantes ambientalistas no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) cópia do documento com o Plano de Trabalho para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) de uma Usinta Termelétrica planejada pela Gás Natural SA. Pela proposta, ela terá capacidade de gerar 1000 MW, só menor de que a UTE Carioba (cujo projeto vem sendo combatido na região de Americana, pelos impactos ambientais que causaria). "No projeto de Sorocaba, o gasto de água equivaleria ao de uma cidade de dezenas de milhares de habitantes", calculou Carlos Bocuhy, um dos representantes ambientalistas no Consema.
POLUIÇÃO À VISTA - 2: Uma das primeiras a receber a informação, a AIPA quis checar as informações diretamente com a Gás Natural SPS, sendo atendida pela responsável pela área de comunicação, Liliane Grub, que simplesmente negou todas informações fornecidas pela própria empresa à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Segundo ela, a Gás Natural não tem projetos de construir a mencionada termoelétrica. Apenas estaria "fazendo alguns estudos na região onde atua, para aproveitar os prazos definidos pelo Governo Federal para programas prioritários n área de termoelétricas". E mais: também contrariando dados repassados ao órgão governamental, num documento oficial, ela disse que o projeto prevê a refrigeração a ar, e que portanto o consumo de água seria ínfimo. Sobre poluição do ar, não apresentou números, apenas mencionou que o gás é benéfico ao meio ambiente, perguntando à representante da AIPA se seria contra seu uso em automóveis. Tem mais: Liliane Grub prometeu remeter um livro à midiateca da AIPA sobre usos do gás, porém até o início de fevereiro nenhum livro chegou à Associação
POLUIÇÃO À VISTA - 3: Confira alguns números do documento repassado pela Gás Natural à Secretaria Estadual do Meio Ambiente: a usina consumirá 0,35 m3 de água segundo (por hora serão 1.260 m3, ou 1,2 milhão de litros!), havendo dois números diferentes para efluentes: a descarga seria de 0,15 m3/s (ou 540 m3 por hora), mas a vazão total representaria menos: até 400 m3/h. Vale lembrar que, Como na natureza nada se perde, a água que entra num processo industrial tem 4 destinos: 1- incorporação ao produto (por exemplo, água é matéria prima de refrigerantes), 2- reuso dentro da própria planta industrial (aí, seu consumo fica baixo), 3- o excedente sai como efluente; 4- evaporação. "Por esses números, mais da metade da água deve evaporar, o que quer dizer, perde-se para o abastecimento da população", deduziu o ambientalista Carlos Bocuhy. "Um dos maiores problemas da região é a escassez de água", reforçou Juljan Czapski, presidente da AIPA, preocupado.
POLUIÇÃO À VISTA - 4: Além do gasto de água, o documento da Gás Natural revela que a futura usina poluiria o ar emitiria CO (gás carbônico), material particulado e NOx (óxidos de nitrogênio). Este último, por exemplo, é formador de ozônio, um gás benéfico lá na estratosfera, por filtrar os raios ultravioleta que chegam à crosta terrestre mas superprejudicial à saúde quando nos atinge: ele prejudica a função pulmonar, favorecendo o desenvolvimento de gripe, asma, bronquites, enfisemas pulmonares, entre outros. Vale lembrar que a poluição do ar não tem fronteiras,ou seja, toda a região pode ser afetada. Mesmo sem a usina, medições feitas por órgãos ambientais revelam que Sorocaba já está saturada com ozônio. Para conferir os dados do documento passado ao governo estadual, acesse a seção Documentos do site da AIPA
POLUIÇÃO À VISTA - 5: Em tempo: em dezembro último, a Sodemap - Sociedade de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba, com apoio do Coletivo de Entidades Ambientalistas do Estado de São Paulo e especialistas de universidades deram início a uma Acão Popular contra a implantação da Usina Termelétrica Carioba II, "em defesa da saúde pública e do meio ambiente, para impedir a intensa poluição aérea associada ao empreendimento". Um documento divulgado pela ONG, informa que esta iniciativa "soma-se às várias já impetradas pelo Ministério Público Estadual e pela Procuradoria Federal da República, além de liminares ainda não julgadas que pedem pela anulação do processo de licenciamento em curso", devido a problemas como: esconder e falsear informações, além de cooptar grupos variados, manipulando as audiências públicas, que resultaram em agressões físicas e intimidação de cidadãos da região, que no entanto continua a repudiar o empreendimento. O texto completo do manifesto está no site da AIPA, seção Documentos/Ceac.
NOVO SECRETÁRIO: O caso Carioba II foi apenas um dos casos relacionados a licenciamentos ambientais irregulares, que os ambientalistas apontaram ao pedir o afastamento de Ricardo Trípoli da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, ao Governador do Estado de São Paulo. Depois de uma conversa em 16 de Outubro, o governador recebeu uma moção contra o Secretário, em 12 de novembro, assinada por 123 entidades. Os problemas continuaram e os ambientalistas retiraram-se do Conselho Estadual de Meio Ambiente. Em janeiro, o Secretário pediu afastamento, para concorrer às próximas eleições. O substituto José Goldemberg, é internacionalmente respeitado como especialista na área energética e foi Ministro do Meio Ambiente por um curto período, nos anos 90. Os representantes ambientalistas anunciaram sua volta ao Conselho.

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