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![]() Vendo a atitude da molecada, a equipe de Educação Ambiental da Associação sugeriu algo diferente: que os bichinhos fossem separados e observados por vários dias. Foi assim que as crianças perceberam como cada lagarta se nutria, depois construía o casulo, onde se fechava na forma de crisálida ou pupa. Aparentemente o bicho ficava imóvel lá dentro. Mas o momento era de mudança total. Surgiram asas e nascia Dona Borboleta. As crianças quiseram saber tudo sobre este inseto fascinante. A borboleta é famosa pela beleza das asas, que colorem o céu. Mas esta beleza dura pouco, pois ela vive apenas alguns dias. Algumas vivem só poucas horas. É um bichinho que sofre metamorfose completa, ou seja, o desenvolvimento ocorre em vários estágios: de ovo para lagarta, de lagarta para crisálida, e daí para borboleta. Juntando borboletas, mariposas e traças - que constituem
a mesma ordem dos Lepidópteros - há mais de 35
mil espécies, só no Brasil. A principal diferença
entre a borboleta e a mariposa é que a borboleta só voa
durante o dia. Borboletas polinizam algumas flores. Mas têm espécies
que comem frutos. O drama da borboleta está no seu tempo de lagarta. Lagartas são consideradas feias, e até praga nas hortas ou outras plantações. As pessoas matam todas para que não comam as plantas, sem imaginar que estão exterminando futuras e belas borboletas. Outro coisa que apavora é que muitas lagartas soltam uma substância para se defender do predador. Essa substância queima. Como todos os insetos, Dona Borboleta tem seis pernas. Para comer, usa uma "tromba" que pode se desenrolar. E tem quatro asas: a superior é mais desenvolvida, mas as inferiores, embora menores, são mais ativas no vôo. As asas da borboleta representam uma expansão viva do seu corpo: têm circulação sanguínea, órgãos sensoriais, glândulas e função respiratória. Sabe aquele pozinho, das asas da borboleta? Na verdade, são escamas microscópicas, que se prendem umas às outras, como telhas encaixadas num telhado. Para conhecer um pouco mais sobre nossa amiga basta capturar uma lagarta e fazer a "experiência da lagarta". Uma espécie ótima para isso é a que se alimenta de rúcula e couve, na horta. Seu nome popular é curuquerê. A vantagem é que ela não queima. Depois da captura, coloque a lagarta num recipiente (pode ser um
aquário vazio, que facilita a observação) e tampe
com gaze. Como ela precisa de comida e água, não esqueça
de deixar um algodão umedecido e folhas de couve ou rúcula
frescas. Tenha paciência. Você poderá observar diariamente
a transformação da lagarta em crisálida e depois
em borboleta. Então, solte o bichinho.
Fonte: RedeAIPA
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