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UM MASCOTE EM EXTINÇÃO

(Publicado no URTIGA 150 - maio-junho 2002 - pág. 7)




Q ue se cuidem as formigas. O maior dos tamanduás do Brasil, o Tamanduá Bandeira, está famoso. Ele foi escolhido como mascote dos VII Jogos Sul-Americanos, que serão realizados dia primeiro de agosto nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Belém.

Esse mamífero, que adora comer formigas, conhecido também como tamanduá-cavalo ou tamanduá-açu, é um animal típico da fauna brasileira e está correndo risco de extinção. O seu nome científico é Myrmecophaga tridactyla, da ordem dos desdentados, pois não tem dentes.

É possível reconhecer um tamanduá de longe. Ele é todo cinza mas tem uma faixa diagonal que sobe do peito em direção às costas. Quando adulto, pode pesar 23 quilos. E seu comprimento alcança 1,30 metro, fora a cauda, que mede quase isso. Um verdadeiro tufo de pêlos, que serve de abrigo durante o sono e é uma excelente camuflagem. O corpo desse amigão desaparece debaixo da cauda, que parece um montão de palha escura.

O que dá medo mesmo é o abraço do tamanduá. É que suas garras arrebentam fácil os cupinzeiros, formando a principal defesa deste animal. As patas dianteiras quatro garras afiadíssimas. As traseiras têm cinco. O detalhe é que as unhas são voltadas para dentro, para evitar o desgaste. Mas o que ajuda, às vezes atrapalha. Para nosso amigo, andar não é nada fácil.

Muito curiosa é a língua do tamanduá, que pode medir 40 centímetros. Ela tem forma de verme. Ele a enfia nos formigueiros para capturar o alimento que mais gosta: formiga e cupim. A saliva, que parece cola, ajuda na tarefa. Todo tamanduá também devora outros insetos, desde as larvas até os adultos. Para o bicho-homem , isso é bom, pois ele acaba com insetos que atacam plantações. Somente nos zoológicos é que recebe uma alimentação reforçada por, ovos, leite batido com carne moída e iogurte.

Geralmente o tamanduá é um bicho diurno. Mas quando está em áreas habitadas, ou locais onde é comum a perseguição, ele adota hábitos noturnos. Como nosso amigo não enxerga muito bem, ele se orienta através do olfato, extremamente apurado.

O tamanduá sempre preferiu a vida solitária. Só se une a uma fêmea para acasalar. A gestação leva seis meses e dez dias e só acontece uma vez por ano. Nasce apenas um filhote, que a mãe carrega nas costas, agarradinho. Apegado à mãe, o pequeno tamanduá só se separa dela quando já sabe sobreviver sozinho. Aí a mamãe se prepara para o próximo acasalamento.

Antigamente o curioso tamanduá-bandeira era encontrado em toda zona do campo brasileiro, afastado das matas, inclusive em Itu. Mas ele já desapareceu de muitas regiões. É um animal em extinção.

A causa principal é o ser humano: ainda tem gente caçando tamanduá, nas regiões ele ainda existe. E mais: com a degradação do meio ambiente, o seu habitat está sendo destruído, o que acaba com a possibilidade de vida deste animal na natureza. Para completar, no Centro-Oeste do Brasil, bichos morrem atropelados em estradas.

Fonte: RedeAIPA - adapt: Nathalia Paccola


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