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(Notas publicadas no URTIGA 151 - maio-junho 2002 - última pág.)

TRILHAS DA AIPA

RECORDE DE QUEIMADAS

DERRUBADAS PERDOADAS

VERDE AMEAÇADO

PARQUE ADIADO

MORATÓRIA DO MOGNO

PERIGO DO OZÔNIO

EM AGOSTO

DATAS COMEMORATIVAS - SEGUNDA QUINZENA DE AGOSTO

DATAS COMEMORATIVAS - SETEMBRO

DATAS COMEMORATIVAS - INICIO DE OUTUBRO

TRILHAS DA AIPA: Conhecer três ecossistemas bem diferenciados, em meio período apenas: uma área agrícola (alterada pelo ser humano), um trecho cerrado brasileiro e a mata ciliar (que protege o rio assim como os cílios protegem nossos olhos). E ainda aprender dicas para defender a natureza. Contendo estes ingredientes, a trilha ecológica da Aipa voltará novamente a ser oferecida em Itu. "Aceitamos grupos de no máximo 30 pessoas, para garantir o aproveitamento de cada um. Haverá duas modalidades de trilha, para atende diferentes públicos: fácil ou médio esforço", informa Marcelo Mattiuci, Coordenador de Educação Ambiental da Associação, que também está trabalhando na reformulação dos cursos da entidade: "Temos sido muito procurados para o curso de técnicas de cultivo de horta orgânica. Além dele, estamos estudando a possibilidade de ofertar outros, como um exclusivo sobre cultivo de ervas medicinais." No momento, avisa Marcelo, a horta-modelo, onde ocorrem os cursos, passa por uma reforma, a partir do que eles voltarão a ser ofertados.
RECORDE DE QUEIMADAS: E o número de focos de incêndio no Brasil voltou a se multiplicar... De 4,8 mil, em julho de 2000, passaram a quase 7 mil focos em julho de 2001 chegando a 11,2 mil no mesmo mês de 2002! A informação, divulgada na grande imprensa, baseia-se na análise dos dados captados pelo satélite norte-americano NOAA-12 por institutos de pesquisa governamentais. Até o Mato Grosso, cujo índice estava cada vez mais baixo desde que o estado adotou um sistema de licenciamento de queimadas em propriedades agrícolas, conferido através das imagens de satélite, o total de focos ultrapassou 5,7 mil focos em julho, quase metade do total nacional, sendo pelo menos 300 em áreas indígenas demarcadas.No país, o Parque Nacional mais atingido foi o do Araguaia, em Tocantins, com 29 focos nos últimos dias de julho
DERRUBADAS PERDOADAS: Proprietários rurais na Amazônia Legal que derrubaram a floresta até metade da área não precisam se preocupar com a exigência do Código Florestal - em sua mais recente reedição - de preservar 80% de mata nativa... desde que tenham averbado em cartório a área desmatada. A regra de permitir derrubadas de no máximo 20% das propriedades passou a vigorar a partir reedição do Código Florestal, abrangendo as áreas de floresta de toda Amazônia Legal (Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso e parte do Tocantins e Maranhão). No domínio do cerrado, permite-se desmatar até 65% da área. Para o resto do país, a reserva legal é de 20% da propriedade. A informação foi dada pelo Ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, no início de julho. Um ponto que gerou muita polêmica é a possibilidade dada ao proprietário de comprar outra área preservada, no mesmo ecossistema, para compensar desmatamentos em sua reserva legal.
VERDE AMEAÇADO: A Amazônia perdeu a média anual de 18,4 mil km2 de floresta entre 1992 e 1999. Em 1995, restavam apenas 70,5 mil km2 de Mata Atlântica, 5 mil a menos do que em 1990. Os manguezais perderam 8,5% de sua área. E as restingas, 16,3%. Com a devastação, aumenta o risco de extinção de animais. Estão na lista de ameaçadas 67 espécies de mamíferos e 110 de aves. Estes são alguns dos dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), ao anunciar os indicadores de desenvolvimento sustentável do país, em junho último.
PARQUE ADIADO: Ainda em discussão a criação do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, com 3,8 milhões de hectares, anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso durante uma reunião brasileira relacionada à Rio + 10, em junho, como um dos resultados da política ambiental brasileira, desde 1992. Por enquanto, os governos federal, do Amapá, e de 5 municípios envolvidos (Oiapoque, Calçuene, Laranjal do Jari, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari) negociam a implantação. Ocorre que a criação desta área ecológica - que seria a maior da América Latina - encontra resistência, por exemplo, de setores econômicos como o da mineração. A área é considerada uma das mais ricas em biodiversidade do Planeta. Trabalham em favor da criação entidades como o Museu Goeldi, do Pará, e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que apontam, como mais uma vantagem, a possibilidade de usar o fato para explorar o ecoturismo.
MORATÓRIA DO MOGNO: Ainda em discussão a criação do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, com 3,8 milhões de hectares, anunciada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso durante uma reunião brasileira relacionada à Rio + 10, em junho, como um dos resultados da política ambiental brasileira, desde 1992. Por enquanto, os governos federal, do Amapá, e de 5 municípios envolvidos (Oiapoque, Calçuene, Laranjal do Jari, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari) negociam a implantação. Ocorre que a criação desta área ecológica - que seria a maior da América Latina - encontra resistência, por exemplo, de setores econômicos como o da mineração. A área é considerada uma das mais ricas em biodiversidade do Planeta. Trabalham em favor da criação entidades como o Museu Goeldi, do Pará, e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que apontam, como mais uma vantagem, a possibilidade de usar o fato para explorar o ecoturismo.
PERIGO DO OZÔNIO: O ozônio é importante na estratosfera, ao formar uma camada que protege a vida na Terra, pois filtra os raios ultravioleta do sol, causadores de doenças como o câncer. Sua proteção é garantida por vários acordos e convenções internacionais, através dos quais a indústria comprometeu-se a parar de produzir os perigosos CFCs (clorofluorocarbonos, principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio). Só que - quando na camada da atmosfera mais próxima da superfície terrestre - ele se torna um grande perigo, pois o contato direto com ele causa envelhecimento precoce e danifica a estrutura pulmonar. A quantidade deste ozônio prejudicial à saúde está aumentando, sobretudo nos grandes centros urbanos. E pouco se tem feito para evitar o mal, que é maior nos períodos mais secos do ano, em que é menor a dispersão dos poluentes.

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