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UM PARQUE ECOLÓGICO NA CIDADE DE ITU?

(Publicado no URTIGA 159 - novembro-dezembro 2003 - pág. 1)


Inspirada por uma informação de José Carlos Arruda, sócio-proprietário do Jornal Periscópio, dada à revista "Campo & Cidade", voltam as discussões pela transformação de uma área verde, em plena cidade de Itu, em um parque ecológico.

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Editorial do Jornal Urtiga 159
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O assunto começou a ser aventado há cerca de uma década, quando Maria Célia Bombana acumulava a função de Diretora de Educação Ambiental da AIPA com a presidência do Conselho Municipal de Defesa. do Meio Ambiente de Itu (Comdema). Naquela época, surgiram algumas discussões internas de como valorizar a maior área que ainda se mantém verde, em pleno centro de Itu.

Estamos falando dos quase 20 alqueires de terra, por onde passa o córrego Taboão, que fazem parte da sede do 2.° Ga Cap Regimento Deodoro. Trocada com Colégio São Luiz em 1918, quando o colégio foi transferido para a capital paulista, esta área - que ficava fora do perímetro urbano -, foi sendo cada vez mais cercada por bairros populosos, como o São Luiz, Jardim Rosinha, São Judas Tadeu e Vila Nova. Tornou-se um raro pulmão verde para a cidade, porém, sempre com uso restrito ao Exército.

O tema voltou à tona em 1998, com a publicação de uma licitação do Ministério da Guerra, colocando a área à venda. Uma modificação no Plano Diretor do Município abria a possibilidade de implantar um loteamento no local. Se isto acontecesse, o prejuízo seria múltiplo: além da perda do verde, o loteamento provocaria adensamento populacional ainda maior, ampliando problemas de infra-estrutura e trânsito, entre outros. A mobilização de várias entidades ituanas, entre as quais a AIPA, gerou a elaboração de um manifesto à população, um dossiê às autoridades, e culminou com a ida dos representantes das organizações à Câmara Municipal, na sessão que definiria a venda do terreno. Assim, conseguiu-se reverter o processo da venda.

Na ocasião, as entidades encaminharam ao então prefeito um ofício solicitando que, em vez de loteamento, o local fosse transformado em parque, que unisse a preservação do verde com o desenvolvimento de atividades de cultura e lazer. A aposta, na época, era que os dois órgãos públicos - Administração Municipal e Ministério - poderiam realizar uma troca de terrenos. Mas nada aconteceu e a área permaneceu sob alçada do Exército.

Foi a mídia que gerou a volta do debate, no início deste novembro. A revista Campo & Cidade, em edição dedicada ao Regimento Deodoro, revelou que José Carlos Arruda, sócio proprietário do Jornal Periscópio que há anos defende a criação deste parque, levou a idéia ao Coronel Cezar Augusto Carazzai Castilho, que respondeu ser possível, sim, criá-lo, desde que forças vivas do município se unam para este fim. Dias depois, o Periscópio repercutiu a notícia, levantando o histórico das reivindicações por um parque ecológico e revelando que organizações, como a Sociedade de Amigos da Cidade de Itu (Saci), Movimento PróTur e AIPA, já começaram a se mobilizar para desenhar um projeto que seja o melhor para a cidade, no sentido de somar a preservação deste pulmão verde ao seu uso público como espaço de lazer e cultura.

Vale saber: Na mesma semana em que a Campo & Cidade era distribuída em Itu, em São Paulo, o diretor do Programa Nacional de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, durante palestra no Parlatino, revelava que o Ministério do Exército estuda, junto com o do Meio Ambiente, a criação de um programa de formação em educação ambiental para recrutas. O próprio Coronel Castilho tem se posicionado favoravelmente por ações práticas em prol do meio ambiente, como é o caso da busca pela viabilização do replantio de árvores nativas, com apoio do Regimento Deodoro, para recuperar trechos degradadas no cerrado ituano.

Se o clima é favorável, há muito por acontecer para alcançar o final feliz. Afinal, o que se quer é um parque ecológico, onde o verde vença o cimento, no qual a população possa caminhar, pedalar em ciclovias, realizar atividades culturais e de educação ambiental. Para garantir tal destino a este pulmão verde ituano, há muito trabalho pela frente.


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