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TRANSGÊNICOS

(Publicado no Urtiga 167 - abril/junho 2005 - pág. 2)




Da Inglaterra para o mundo, a recente notícia de que uma variedade de milho transgênico afetou a saúde de ratos (animais de sangue quente como nós, humanos) assustou muita gente. Até por que o estudo cientifico é antigo e assinado pela Monsanto, fabricante de transgênicos que sempre alegou não haver estudos indicando problemas. Mas o que são transgênicos?

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O QUE É TRANSGÊNICO?
Em ciências, aprende-se que um conjunto determinado de genes (código genético) define as características de um organismo. A transmissão das características é pela reprodução, que na maioria das plantas ocorre com a polinização. Povos antigos das Américas já sabiam cruzar variedades diferentes de milho (ex: milho de grão macio, com outro que frutifica rápido), transpondo manualmente o pólen de uma planta para outra, para criar variedades melhoradas (melhoramento clássico). Agora, cientistas sabem como isolar e transferir genes em laboratório entre espécies (ex: proteínas do boi mudando a planta do tomate). Isto é transgenia.


QUANDO SURGIRAM OS TRANSGÊNICOS?
A partir dos anos 70, pela engenharia genética, conseguiu-se manipular o código genético em laboratório, para uma célula fazer algo para o que não estava programada.

QUAIS OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS A FAVOR DOS TRANSGÊNICOS?
Fabricantes e alguns cientistas alegam que transgênicos são a solução para a agricultura. Plantas transgênicas receberiam características para serem mais resistentes a doenças, com número menor de agrotóxicos. Também dizem que daria para gerar plantas transgênicas adaptadas às variações de clima, solo, etc. Mas o maior argumento é econômico: dizem que seria mais barato plantar transgênicos.

QUAIS OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS CONTRA OS TRANSGÊNICOS?

Eis alguns:

  1. Estudos sobre riscos dos transgênicos para a saúde e o ambiente não estão concluídos;
  2. Testes nos EUA e Europa (clima temperado) não seriam válidos para nossas condições tropicais.
  3. Plantas de uma variedade transgênica são geneticamente iguais: se uma praga mata um indivíduo, matará todos. Na Argentina (publicado no Urtiga 163) pragas surgiram e exigiram consumo crescente de venenos.
  4. Ameaça aos ecossistemas: ao matar insetos indesejados e ervas daninhas, matam-se também espécies benéficas, como abelhas (Paulo Nogueira-Neto relata a apreensão com um tipo de algodão transgênico, no qual inocularam bactéria mortal para insetos. Não há conclusões, mas... abelhas adoram flores de algodão).
  5. Perigo da transgênese espontânea: uma planta indesejável (ex: arroz pequeno nativo) pode cruzar com uma transgênica (ex: arroz branco X), gerando nova erva daninha que só se combate com novos venenos.
  6. Alergias: se a soja tem gene da castanha, alguém alérgico à castanha não pode comer.
  7. Economia:
    • abandonando variedades tradicionais, fica-se dependente de poucas transnacionais donas da tecnologia transgênica. Quanto custarão royalties, no futuro?
    • com a tecnologia Terminator, que cria sementes estéreis, a cada safra, agricultores teriam de comprar novas sementes.
  8. A agricultura orgânica, sem transgênicos ou agrotóxicos, é viável, competitiva e não prejudicaria o meio ambiente
Vale saber: a lei brasileira exige rótulos nos alimentos industrializados, informando se contém transgênicos. Até hoje, esta lei não saiu do papel!!! É mais um problema que afeta estes produtos!!!

 

Fontes: http://www.soscozinha.com.br /
Jornal Urtiga (edições anteriores)


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