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(Notas publicadas no Urtiga 141 - novembro/dezembro 2000 - última pág.)



  • FESTEJANDO E AJUDANDO O AMBIENTE

    As festas de fim de ano estão aí. Que tal presentear com um produto da AIPA, contribuindo para seus projetos ecológicos? Uma opção, é dar uma muda de árvore brasileira produzida no viveiro da Associação. Também há camisetas, o
    Pequeno Guia para o Ecologista Amador e alguns livros selecionados da Editora Ottoni que - quando comercializados pela AIPA - gerarão renda para os programas da Associação. Para mais informações, ligue para 11-3887.2423 (8-13h30), consulte a seção Produtos site www.aipa.org.br), ou mande e-mail: aipa@aipa.org.br.

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    PESQUEIRO DESTRUÍDO
    Aconteceu em Jundiaí. Victor Antonio Galelli, apaixonado por pescarias realizou seu sonho de montar um pesqueiro num terreno que tinha em Jundiaí. Cumpriu todas as normas legais e ambientais. Mas o sonho durou poucos meses, quando os peixes - tilápias, carpas, pacus, pintados, cat fishes, traíras - morreram, por falta de água. Juntos, eles somaram 960 quilos! A lagoa secou em poucas semanas, quando, acima dela, sem que Galelli fosse avisado, iniciou-se a construção da empresa de galvanização B. Bosch, cortando a água que chegava ao seu terreno. Ele chegou a denunciar o fato aos órgãos ambientais - Cetesb, Daae, Deprn - no momento em que o fluxo de água começou a diminuir. A resposta foi: a obra fora aprovada e a empresa comprometera-se a plantar árvores na Serra do Japi, como compensação de danos ambientais! Leia reportagem de Nathalia Paccola sobre esta tragédia na seção <no site da AIPA - seção documentos, e mande sua opinião. Caso não tenha acesso à internet, mande uma carta para Cx. Postal 83, Itu, Cep 13.300-000, que o remeteremos por correio.

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    PIRACEMA
    Atenção pescadores! Segue até 28/2/2001, a proibição de pesca em Mato Grosso. Neste período, ninguém pode pescar nos rios, lagos e lagoas marginais de Mato Grosso. A exceção fica para a pesca de subsistência, permitida para comunidades ribeirinhas tradicionais. Mesmo nesse caso, há limites: o produto da pesca não pode ser transportado em veículos, comercializado, superar 5 quilos ou um ser mais de exemplar por pessoa. A proibição visa garantir a multiplicação dos peixes: estamos no período de piracema, quando eles se reproduzem. Neste ano, pela primeira vez, a Fundação Estadual do Meio Ambiente, Polícia Militar Florestal e Juizado Volante Ambiental prometeram uma fiscalização conjunta. A ONG Ecoa lembra que, entretanto, outros problemas permanecem: é o caso da poluição dos rios e de obras como a Usina de Manso, que no início do ano geraram grande mortandade de peixes no rio Cuiabá, sem multa para os culpados.

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    CERRADO RECONHECIDO
    Reserva da Biosfera: este é o novo status conferido pela Unesco, órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas) para o Cerrado brasileiro e o Pantanal Matogrossense. Sinal de alerta: um estudo da Embrapa Solos revelou que, nas 70% das áreas de cerrado, equivalendo a 40 milhões de hectares, já são terras degradadas, chegando-se em alguns pontos ao começo da desertificação. O Pantanal também sofre ameaças: queimadas, danos causados pela pecuária e garimpo, e perigo da implantação da hidrovia Paraguai-Paraná, que pode gerar prejuízos irreversíveis aos rios, à fauna e flora pantaneira e aos sítios arqueológicos. A Reserva Biosfera do Cerrado II abrange área de 2 milhões de hectares, enquanto que a do Pantanal tem 25 milhões de ha. O título serve como reconhecimento da importância ecológica, alertando para que os recursos naturais sejam, sim, aproveitados desde que de forma sustentável, quer dizer, sem degradar a riqueza natural. (Ecoa)

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    LANTERNA
    A América do Sul ocupa a penúltima colocação mundial nos gastos públicos para cuidar de suas Unidades de Conservação (UCs). E é o último em número de funcionários que trabalham nas áreas protegidas. Os dados foram revelados por Maria Tereza Jorge Pádua, da Funatura (Fundação Pró Natureza), no 2.º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação. Segundo ela, na América do Sul investem-se apenas US$ 0,04 por km2 protegido. Quanto à falta de pessoal, ela diz que o péssimo desempenho da América do Sul deve-se ao Brasil. "O Ibama tem 621 funcionários para monitorar 37 milhões de hectares protegidos. O Parque Nacional do Jaú é o maior parque nacional do Brasil, com 2,7 milhões de has: é mantido por apenas dois funcionários. No Pantanal de Mato Grosso, só um técnico fiscaliza 150 mil hectares." Com tão poucos funcionários, fica difícil cumprir a lei ambiental, que, segundo ela, é uma das melhores do mundo. Vale lembrar que o Brasil - famoso por sua biodiversidade - tem só 370 UCs federais e estaduais, protegendo 2,57 % do território nacional. (Ecoa)

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    OZÔNIO EM PERIGO
    Num momento em que se discute o Protocolo de Kyoto (ver página 1 desta edição) vale lembrar que a Convenção de Viena completou 15 anos em setembro. Foi o primeiro protocolo internacional em prol de outro problema relacionado à atmosfera: o buraco da camada de ozônio na estratosfera terrestre. Como se sabe, esta camada é proteção natural para a vida na Terra, evitando a passagem excessiva de raios ultravioleta, causadores de doenças como o câncer. Este acordo foi complementado por outros: Protocolo de Montreal em 1987; de Londres, 1990; Copenhagen, 1992; Viena, 1995 e Montreal, 1997. Com eles, a indústria comprometeu-se a deixar de produzir os perigosos CFCs (compostos de clorofluorocarbono, principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio). Só que HCFCs (hidroclorofluorocarbonos), que substituem os CFCs, são prejudiciais, mesmo que em menor escala. E há outra substância perigosa em produção: brometo de metila (BrMe), veneno usado como agrotóxico, sobretudo na produção de tomate e morango. Pelos acordos firmados, só se parará de produzir HCFCs em 2040. O BrMe - já proibido em vários países pelos efeitos negativos para a saúde - a eliminação total será em 2015, prevendo-se exceções, para usos essenciais

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    BHOPAL - 16 ANOS
    No início de dezembro comemoramos 16 anos da maior catástrofe industrial da História, que aconteceu em Bhopal, capital do estado de Madhia Pradesh, na India. Na noite de 2 para 3/12/1984, um vazamento de 40 toneladas de substâncias venenosas (Isocianato de Metila, Cianureto de Hidrogênio e outras), usadas pela Union Carbide para fabricar agrotóxicos, matou imediatamente 8 mil pessoas e afetou outras 500 mil, 16 mil das quais morreram nos anos seguintes. Muitas vítimas ficaram incapazes para o trabalho e mulheres tornaram-se estéreis. Logo que ocorreu o acidente, a indústria afirmou que estes gases só irritariam os olhos e vias respiratórias. E não mostrou como tratar casos de alta exposição. Por isso vítimas receberam tratamento inadequado. Segundo o grupo espanhol Ecologistas en Accion, vários danos ambientais permanecem até hoje, por exemplo, nas águas subterrâneas contaminadas. E a indenização às vítimas indiscutíveis foi ínfima: 90% receberam em torno de 430 dólares (cerca de 850 reais) e outros 200 mil afetados nem foram indenizados.

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    CAVERNAS AMEAÇADAS
    Deu em alguns jornais. A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados retirou um artigo do projeto de lei que trata da proteção das cavernas brasileiras. Este artigo exigia a elaboração de estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-RIMA) para empreendimentos de grande porte no entorno das cavernas. Espeleólogos, e outros especialistas sabem que cavernas são sistemas frágeis, ou seja, sofrem facilmente a destruição. São patrimônios naturais, onde há espécies únicas de vegetais e animais. A região do Vale do Ribeira, em São Paulo, que concentra o maior número de cavernas brasileiras, é coberta por pura Mata Atlântica.

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    ANGRA 2
    Mal foi autorizada pela Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) a operar com capacidade máxima (1309 megawatts), a usina nuclear de Angra 2 já apresentou falhas. Mesmo assim, Firmino Sampaio, presidente da Eletrobrás, falou aos jornais diários da intenção de começar a construir a usina Angra 3, cujo custo, segundo ele, seria US$ 1,5 bilhão. Vale lembrar estudo de David Zilberstejn, quando ainda atuava como professor da Universidade de São Paulo (hoje é do governo federal), divulgado no Urtiga quando Angra 1 estava em construção: números provavam que seu custo real foi muitas vezes superior ao estimado. O problema se repetiu com Angra 2. Usinas nucleares, como se sabe, apresentam o risco dos acidentes nucleares e produzem um lixo radiativo, que permanece por séculos.

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    DATAS ATÉ O FIM DO ANO...

    Com a aproximação das festas de fim de ano, a questão do Consumo Responsável (evitar comprar o desnecessário, reutilizar e reciclar o que se tem, sempre que possível, para economizar recursos naturais) torna-se um ótimo tema para debates e eventos. Mas há muitas datas para aproveitar. Use a criatividade, para colocar a ecologia em pauta.

    NOVEMBRO/DEZEMBRO
    • 21/11, terça-feira, é Dia do Homeopata
    • 27/11, segunda-feira, é Dia Internacional Sem Compras, assim comemorado em alguns países do mundo.
    • 2/12, sábado, é Dia Panamericano da Saúde. Estudos provam: ambientes poluídos geram doenças.
    • 3/12, domingo, é dia de lembrar o Acidente de Bhopal, na Índia (v. nota nesta página).
    • 7/12, quinta-feira, é Dia do Pau-brasil, data criada por lei federal em 1974.
    • 10/12, domingo, é Dia dos Direitos Humanos: a Declaração Universal dos Direitos do Homem foi assinada nesta data, em 1948.
    • 11/12, segunda-feira, é Dia do Engenheiro e do Arquiteto.
    • Em 21/12, quinta-feira, começa oficialmente o Verão
    • Em 22/12, sexta-feira, comemora-se mais um aniversário da morte de Chico Mendes, ocorrida em 1988. Ele lutava pela Floresta Amazônica. Um ano depois, no mesmo dia, a ONU assinou a resolução 22/48, que definiu a Eco 92.
    • 23/12, sábado, é Dia do Vizinho.
    • 25/12, segunda-feira é Natal. Torne-o mais ecológico: consulte as Dicas de Educação Ambiental sobre o tema no site da AIPA e também os produtos que a AIPA tem a oferecer.
    • 29/12, sexta-feira, é o Dia Internacional da Diversidade Biológica, instituído pela ONU para marcar a entrada em vigor da Convenção que trata do assunto.
    • 31/12, domingo, é São Silvestre

    JANEIRO 2001
    • 1/1/2001, segunda-feira, é Dia Mundial da Paz. Estaremos entrando no novo século, com novos prefeitos estreando em todo o país.
    • 6/1, sábado, é Dia de Reis
    • 10/1, quarta-feira, é dia de comemorar os 55 anos da Primeira Assembléia Geral da ONU, ocorrida nesta data, em 1946.
    • Em 12/1/1987, Iuri Romanenko voltava à Terra, depois de passar 326 dias à bordo da Estação Mir, o primeiro módulo espacial.
    • Em 16/1, terça-feira, é dia de lembrar a Guerra do Golfo, que começou nesta data, há dez anos, gerando um desastre ecológico: o petróleo derramado no mar formou mancha de 600 km2, matando plantas e animais.
    • 24/1, quarta-feira, é dia de recordar a primeira resolução da ONU, assinada nesta data, há exatos 55 anos: ela impôs o uso pacífico da energia atômica e a eliminação das armas de destruição maciça.
    • 25/1, quinta-feira, é Dia do Carteiro.
    • 30/1, segunda-feira, é Dia da Saudade.
    • 2/2, quarta-feira, é mais um aniversário de Itu.


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