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DICAS VERDES

OS TANGARÁS

(Publicado no URTIGA 160 - janeiro/fevereiro 2004- pág. 7)



O palco é uma frondosa paineira
toda iluminada pelo sol da manhã.
O cenário tem como pano de fundo,
as flores róseas e perfumadas,
o azul do céu e nuvens brancas.

Os atores vão logo entrar em cena.
Os espectadores são os pássaros,
borboletas, besouros e toda fauna silvestre.
A algazarra dos assistentes é grande,
os atores entram no palco, os tangarás.
E o silêncio reina na paineira.

Num galho coberto de orquídeas amarelas,
um bando de tangarás está a dançar e gorjear,
executando passos de dança com perfeição,
em uma apoteose de encanto na execução.

Por quase uma hora a dança continua,
agora mais ritmada em um balé magistral,
sem o espectador pagar ingresso
e sem publicidade no jornal.

Este espetáculo não foi feito pelo homem,
não houve ensaio e nem palco preparado,
os tangarás não aprendem em uma academia
e nem tampouco ao som de uma sinfonia.

O homem dançador pode ser substituído,
mas o tangará o pássaro dançador,
nunca poderá ser substituído ou criado.
Eles nasceram com a natureza e aprenderam
a dançar com o mestre dos mestres?
Eles tiveram Deus como professor.

Obs: excepcionalmente, ao invés dos textos explicativos sobre animais e plantas do Brasil, de RedeAIPA, publicamos esta poesia de Joaquim Roberto Araújo. Leia mais sobre o poeta ituano, clicando aqui)

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