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TESOURO SÓ AGORA REVELADO(Publicado no URTIGA 160 - janeiro/fevereiro 2004- pág. 3) |
| Novas poesias de Joaquim Roberto de Araújo, morto em 2003, são descobertas pela família. Em 1987, Urtiga foi um dos raros veículos a divulgar seu trabalho. Confira abaixo: A
DESCOBERTA DAS POESIAS DE JOAQUIM ARAÚJO EXCLUSIVO NO SITE... PRAÇA DA MATRIZ E OUTRAS POESIAS DE JOAQUIM Joaquim Roberto DE ARAÚJO - PERSONAGEM DO URTIGA N. 5, EM 1987 | |||||
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“nada
é inútil na natureza |
Bacharel em Direito, Joaquim Roberto de Araújo trabalhou na Coletoria Estadual de Itu durante 30 anos. No tempo livre, escrevia poesias, que raramente mostrava, e jamais buscou reunir na forma de livro. Seu tema preferido: defesa do meio ambiente.
Descoberto pelo jornal Urtiga, em 1987, ele foi o personagem desta página, na edição n° 5, de junho, mês do meio ambiente. As duas poesias que acompanharam a reportagem tiveram ótima repercussão entre os leitores.
As Baleias
era um libelo contra a pesca destes animais. Na época, os ambientalistas,
com apoio de muitos artistas, lutavam pela proibição da matança
destes animais no país, só conquistada anos mais tarde.
(...Ao homem nada custou,
A natureza a criou
E o lucro com sua morte
Ao homem ficou.
Quando extinguir a vida animal,
Nos rios, mares e florestas
O homem se voltará contra o homem
O canibalismo racional).
Jequitibá, segunda poesia publicada em 1987, era um forte apelo pela preservação de nossas matas
(....A mata é destruída e queimada
Como bomba nuclear em zona de guerra,
E por ultimo, o Jequitibá cai por terra:
A natureza emudece, o Jequitibá morreu).
Joaquim continuou acompanhando o trabalho da AIPA, através do Urtiga, até agosto de 2003, quando sua vida foi brutalmente interrompida. O poeta foi morto, em sua residêncìa, por motivos até hoje desconhecidos. Entre os pertences, a família surpreendeu-se com um grande número de poemas jamais divulgados pelo autor.
“Pelas poesias nota-se a preocupação dele com a ecologia”, interpreta o irmão, Nelson de Araújo, que selecionou alguns destes textos, encaminhando-os com exclusividade à redação “para publicá-las, se for de interesse”.
Manifestos de amor à natureza - e desencanto com os homens que insistem em destruí-la – estes textos merecem ser conhecidos. A carta do irmão Nelson, encerra-se com um destes poemas, que poderia servir de epitáfio ao poeta:
“Quisera fechar os meus olhos
Bem longe da civilização humana.
Queria que o meu corpo inerte
Se acabasse em uma floresta.
E que do meu ultimo suspiro,
Fossem testemunhas os pássaros
E as flores silvestres.
E que os animais selvagens,
Velassem o meu corpo na terra bendita.
E que as imensas árvores chorassem
O meu adeus ao Planeta Terra”.
Em homenagem ao poeta falecido, além de publicar alguns de seus poemas nesta página, há mais um em Dicas Verdes (clique aqui, para conferir). Os demais, selecionados pelo irmão Nelson, podem ser conferidos, com exclusividade, no site da AIPA (www.aipa.org.br - seção Urtiga). Lá também você poderá examinar a reportagem do Urtiga de junho de 1987 sobre Joaquim Roberto de de Araújo.
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O IPÊ (Joaquim Roberto de Araujo) |
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GATO SELVAGEM (Joaquim Roberto de Araujo) |
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VELHO
RIO (Joaquim Roberto de Araujo) |
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