DOCUMENTOS | COLETIVO CONSEMA |
No
final do semestre, as crianças de Itu fizeram teatro e muito
mais, com o tema horta
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120 CRIANÇAS DIVIDEM UM PALCO
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...................................................................... Entrevista
a Marcelo Mattiuci,
Coordenador de Educação Ambiental da AIPA Para mais informações, e saber como apoiar este programa, entre em contato com a AIPA |
Imagine 120 crianças dividindo o mesmo palco, numa produção teatral que elas ajudaram a criar. Imagine, agora, que elas mesmas também ajudaram a montar o figurino e o cenário. Quais os materiais de suas roupas? Cartolina, papel de jornais e revistas, plástico de garrafas tipo Pet (de refrigerantes), entre outros produtos recicláveis ou reaproveitáveis que elas coletaram na escola ou em suas casas, para produzir sua própria moda.
Estamos falando da "Dramatização da Horta", que as crianças montaram com apoio dos professores, demais funcionários da escola e da Equipe de Educação Ambiental da AIPA (Associação Ituana de Proteção Ambiental), para um público muito especial: famílias e amigos mais próximos. Ao final dos dois espetáculos, cada mini-ator e mini-atriz levou para casa uma "mini-horta", vasinho montado em garrafas pet onde as crianças semearam previamente salsa e cebolinha.
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POR TRÁS DA APRESENTAÇÃO
![]() Marcelo Mattiuci explica: o teatro torna-se uma forma criativa de ensinar, atraente para alunos, quando une diferentes disciplinas. Para o corpo docente, é trabalhoso, mas compensador nos resultados. Ele ressalta que no Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos cada escola seleciona propostas didáticas de acordo com sua grade curricular. Por isso, algumas preferiram incentivar pesquisas que culminaram na montagem da Feiras de Ciências ou mostras sobre temas como Vida das Formigas, Importância do Solo e Perigos da Erosão. |
FALTA D'ÁGUA
O drama da falta d'água na cidade de Itu afetou o trabalho com hortas em várias escolas. A EEI Castelinho foi uma das prejudicadas, no final do semestre. Isso não foi desculpa para deixar de lado os temas relacionados à horta e ao lixo. Sua Feira de Ciências, em 26 de junho, estava repleta de experiências práticas. Uma delas, abordou a importância da água e da luz para a germinação. Rúcula foi semeada em três vasinhos feitos com garrafas pet, cortadas ao meio. Na primeira, as crianças proporcionaram sol e água na medida certa. Na segunda, regava-se sempre com água demais. E a terceira ficou no escuro. É claro que só a primeira teve um bom desenvolvimento. No Colégio Terras de São José, durante a seca a horta passou a ser irrigada apenas uma vez ao dia. E assim deu para produzir pelo menos cenoura, espinafre, salsa e cebolinha. Criativos, os professores usaram a escassez para propor pesquisas e debates sobre desperdício, poluição, importância da água para a vida, uso dos agrotóxicos.
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POUCA ÁGUA
A Escola Abriza Demétrio Assaf foi uma das mais prejudicadas pela falta d'água. Por isso, ampliou outros trabalhos em sala de aula com o tema horta. Mesmo assim, as crianças não deixaram de cultivar rúcula, espinafre e cenoura, em maio. Outra escola que sofreu com a escassez foi a EEI Além do Arco Iris. Mas as crianças conseguiram colher hortaliças e ervas medicinais, fizeram a experiência da lagarta e, aquelas que se inscreveram na Colônia de Férias, tiveram oportunidade de trabalhar com o tema horta também em julho. Na Emei Maria do Carmo C. Pereira - que se reintegrou ao Programa Hortas Escolares Sem Agrotóxicos em maio - a diretora teve o cuidado de guardar um regador com água por dia para molhar a horta. Resultado: as crianças puderam colher rúcula e rabanete, mas a colheita das cenouras teve de ficar para o segundo semestre. Outra atividade prática foi o plantio de girassóis em embalagens de leite, transformadas em vasinhos. Cada criança levou seu vaso para casa no último dia de aula.
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COM ÁGUA
No último dia de aula do semestre, a turma da 4.a série catou lagartas curuquerê, para fazer a experiência da lagarta durante as férias. E a promessa para o segundo semestre é de uma classe também cuidar do jardim da escola.
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NOVAS ESCOLAS NO PROGRAMA
Três escolas infantis de Salto ingressaram no Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos na última semana de maio: as Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) Ari Aricatti, Lua Crescente, e o Centro Infantil Sesi/Salto. No Sesi/Salto, além do preparo solo para a horta, as crianças da Segunda Série plantaram mudas de gerânio para montar uma cerca viva na escola. E fizeram vasinhos de garrafas pet, onde cultivaram girassóis, comprometendo-se a cuidar deles em casa, durante as férias de julho.
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NOVIDADES DO SEMESTRE | |
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![]() Nas escolas que desenvolvem o Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos, com certeza haverá novas dramatizações, novos trabalhos com o lixo (Conscientização sobre os materiais vão para o lixo à toa, Reutilização e Reciclagem) e propostas de mais atividades com os bichinhos, como minhocas, lagartas e formigas. Mas, além disso, o tema água será um destaque. A AIPA escolheu a água como tema do "Concurso da Primavera" (veja regulamento, nesta página) e já recebeu cartilhas do Senac, para distribuição nas escolas. "Especialistas já declararam que a água pode se tornar mais cara de que o petróleo, ou de que as melhores bebidas", comenta Juljan Czapski, presidente da AIPA, lembrando que, se não aprendermos a cuidar dela hoje, não a teremos amanhã.
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aqui para ter mais detalhes do Curso de Capacitação em Horta
Orgânica da AIPA)
(clique aqui, para entrar na página de Educação
Ambiental da AIPA)
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