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HORTA VIRA TEATRO E DANÇA

(Publicado no Urtiga 139 -julho/agosto 2000 - pág. 3)

No final do semestre, as crianças de Itu fizeram teatro e muito mais, com o tema horta

 
120 CRIANÇAS DIVIDEM UM PALCO     POR TRÁS DA APRESENCAÇÃO

FALTA D'ÁGUA     POUCA ÁGUA     COM ÁGUA

NOVAS ESCOLAS NO PROGRAMA     NOVIDADES NO SEMESTRE


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120 CRIANÇAS DIVIDEM UM PALCO



SESI-Itu- do preparo aos aplausos
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Entrevista a Marcelo Mattiuci,
Coordenador de Educação Ambiental da AIPA
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Imagine 120 crianças dividindo o mesmo palco, numa produção teatral que elas ajudaram a criar. Imagine, agora, que elas mesmas também ajudaram a montar o figurino e o cenário. Quais os materiais de suas roupas? Cartolina, papel de jornais e revistas, plástico de garrafas tipo Pet (de refrigerantes), entre outros produtos recicláveis ou reaproveitáveis que elas coletaram na escola ou em suas casas, para produzir sua própria moda.

turma da manhã em palco - detalhePois esta superprodução aconteceu em Itu, no final de junho, e em dose dupla. Os aproximadamente 120 alunos que estudam de manhã no Sesi/CI (Centro Infantil do Serviço Social da Indústria) e os outros 120 que compõem a turma da tarde prepararam duas super-apresentações teatrais, para encerrar o semestre e também o mês do Meio Ambiente, junho.

Estamos falando da "Dramatização da Horta", que as crianças montaram com apoio dos professores, demais funcionários da escola e da Equipe de Educação Ambiental da AIPA (Associação Ituana de Proteção Ambiental), para um público muito especial: famílias e amigos mais próximos.

sucesso também à tardeNa verdade, este gran finale para o semestre foi uma proposta didática escolhida pelo SESI entre as sugestões que a AIPA oferece como parte do projeto Hortas Escolares Sem Agrotóxicos. O desafio da escola foi fazer com que todas crianças, sem exceção, participassem. Assim, cada classe criou seus personagens, isto é, os diferentes elementos que compõem a horta, desde pedras, grãos de terra, matinhos, pedaços de madeira, esterco ("vitamina da planta"), até sementes e os bichinhos mais comuns, como minhocas, formigas e pombas. Algumas classes optaram por transformar seus quadros em números de dança. Assim, no teatro matinal aconteceu a dança dos bichinhos da horta. Já à tarde, houve a "dança da água" e o "balé da cenoura".

Ao final dos dois espetáculos, cada mini-ator e mini-atriz levou para casa uma "mini-horta", vasinho montado em garrafas pet onde as crianças semearam previamente salsa e cebolinha.


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POR TRÁS DA APRESENTAÇÃO




Pinguinho de Gente - historia da lagartaPara qualquer adulto, o processo de nascimento de uma planta é tão conhecido, que parece simples. Basta jogar a semente no solo fértil, dar água e luz do sol. Mas, imagine-se semente... Deve ser difícil tirar de si o broto, que terá de atravessar a camada de solo que cobre a semente, para atingir a luz, o mundo onde vivemos. Ao preparar a Dramatização da Horta, as crianças têm chance de discutir o tema, entendendo que tudo na natureza está interligado. Mais de que isso, poderão criar roupas e cenários, em artes plásticas. Escrever nomes, em português. Contar o número de atores, aprendendo aritmética, e assim por diante. "Para nós, da AIPA, trata-se de uma das atividades, especialmente bem sucedida, do Projeto Hortas Escolares Sem Agrotóxicos, que agora está unindo o tema horta à conscientização sobre a questão do lixo. Mas cada escola trabalha a proposta de uma outra maneira, trazendo resultados fantásticos", comenta Marcelo Mattiuci, Coordenador de Educação Ambiental da AIPA.

Pinguinho de Gente - horta é tema da tardeO coordenador relata que, outra escola que optou por preparar uma dramatização no final do semestre foi a EEI Pinguinho de Gente. Uma classe do período da manhã dramatizou a Formação da Horta. Foi um sucesso, comenta Mattiuci. O tema do período da tarde foi A Vida da Lagarta Curuquerê. Duas classes prepararam a dramatização, representando primeiro as borboletas brancas que rondam a horta. Depois, o surgimento dos ovinhos, que se transformam lagartas, que devoram rúcula e couve e vão crescendo, até formar o casulo e novamente se transmutarem em borboletas. A inspiração destas crianças foi a "experiência da lagarta": quando estes bichinhos surgiram na horta da escola, elas acompanharam sua metamorfose.

Marcelo Mattiuci explica: o teatro torna-se uma forma criativa de ensinar, atraente para alunos, quando une diferentes disciplinas. Para o corpo docente, é trabalhoso, mas compensador nos resultados. Ele ressalta que no Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos cada escola seleciona propostas didáticas de acordo com sua grade curricular. Por isso, algumas preferiram incentivar pesquisas que culminaram na montagem da Feiras de Ciências ou mostras sobre temas como Vida das Formigas, Importância do Solo e Perigos da Erosão.


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FALTA D'ÁGUA




O drama da falta d'água na cidade de Itu afetou o trabalho com hortas em várias escolas. A EEI Castelinho foi uma das prejudicadas, no final do semestre. Isso não foi desculpa para deixar de lado os temas relacionados à horta e ao lixo. Sua Feira de Ciências, em 26 de junho, estava repleta de experiências práticas. Uma delas, abordou a importância da água e da luz para a germinação. Rúcula foi semeada em três vasinhos feitos com garrafas pet, cortadas ao meio. Na primeira, as crianças proporcionaram sol e água na medida certa. Na segunda, regava-se sempre com água demais. E a terceira ficou no escuro. É claro que só a primeira teve um bom desenvolvimento.

EEI Castelinho - horta na Feira de CienciasOutra experiência destacou as diferentes partes das árvores (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e sua diversidade, apresentando-se sementes de diferentes espécies. As crianças montaram também um minhocário e um mini formigueiro num aquário, demonstrando como são e como vivem estes animais.

No Colégio Terras de São José, durante a seca a horta passou a ser irrigada apenas uma vez ao dia. E assim deu para produzir pelo menos cenoura, espinafre, salsa e cebolinha. Criativos, os professores usaram a escassez para propor pesquisas e debates sobre desperdício, poluição, importância da água para a vida, uso dos agrotóxicos.

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POUCA ÁGUA




A Escola Abriza Demétrio Assaf foi uma das mais prejudicadas pela falta d'água. Por isso, ampliou outros trabalhos em sala de aula com o tema horta. Mesmo assim, as crianças não deixaram de cultivar rúcula, espinafre e cenoura, em maio. Outra escola que sofreu com a escassez foi a EEI Além do Arco Iris. Mas as crianças conseguiram colher hortaliças e ervas medicinais, fizeram a experiência da lagarta e, aquelas que se inscreveram na Colônia de Férias, tiveram oportunidade de trabalhar com o tema horta também em julho.

Na Emei Maria do Carmo C. Pereira - que se reintegrou ao Programa Hortas Escolares Sem Agrotóxicos em maio - a diretora teve o cuidado de guardar um regador com água por dia para molhar a horta. Resultado: as crianças puderam colher rúcula e rabanete, mas a colheita das cenouras teve de ficar para o segundo semestre. Outra atividade prática foi o plantio de girassóis em embalagens de leite, transformadas em vasinhos. Cada criança levou seu vaso para casa no último dia de aula.

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COM ÁGUA




Colégio Monteiro Lobato: pronto para colher O Colégio e a Pré Escola Monteiro Lobato não tiveram problemas com a falta d'água. Em ambas, a horta desenvolveu-se muito bem. Na pré escola, todas as crianças puderam até levar hortaliças e temperos para suas famílias: espinafre, cenoura, rúcula, rabanete, salsa e cebolinha. Em paralelo, duas classes continuaram a pesquisar a vida das formigas. Já no Colégio, além de colherem as hortaliças, os alunos continuaram a preparar o composto orgânico, trazendo de casa lixo orgânico (restos de alimentos picados, por exemplo). O composto estará pronto no início deste segundo semestre.

No último dia de aula do semestre, a turma da 4.a série catou lagartas curuquerê, para fazer a experiência da lagarta durante as férias. E a promessa para o segundo semestre é de uma classe também cuidar do jardim da escola.

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NOVAS ESCOLAS NO PROGRAMA




Três escolas infantis de Salto ingressaram no Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos na última semana de maio: as Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) Ari Aricatti, Lua Crescente, e o Centro Infantil Sesi/Salto.

E então, vamos iniciar?Na Ari Aricati o preparo do solo foi iniciado em 26 de maio, promovendo o primeiro plantio com as crianças, em copos plásticos tipo descartável (reutilização de lixo), no início de junho. Já as crianças da Lua Crescente começaram a plantar diretamente na horta. Elas aprenderam fazer seus regadores com garrafas pet, e desenharam um calendário de germinação das hortaliças. O trabalho de conscientização sobre o lixo também foi iniciado: as crianças trouxeram materiais recicláveis de casa e plantaram girassóis em caixinhas de leite, que normalmente acabariam na lixeira.

No Sesi/Salto, além do preparo solo para a horta, as crianças da Segunda Série plantaram mudas de gerânio para montar uma cerca viva na escola. E fizeram vasinhos de garrafas pet, onde cultivaram girassóis, comprometendo-se a cuidar deles em casa, durante as férias de julho.

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NOVIDADES DO SEMESTRE
Participe!!!Os cursos de Horta Orgânica, de dia inteiro, oferecidos na sede da AIPA sempre no último sábado do mês, continuarão no segundo semestre. Também há possibilidade de formar turmas especiais, em outros sábados, como é o caso dos alunos do Curso Objetivo de Sorocaba, que reservaram a data de 5 de agosto para este fim.

Nas escolas que desenvolvem o Projeto Hortas Escolares sem Agrotóxicos, com certeza haverá novas dramatizações, novos trabalhos com o lixo (Conscientização sobre os materiais vão para o lixo à toa, Reutilização e Reciclagem) e propostas de mais atividades com os bichinhos, como minhocas, lagartas e formigas. Mas, além disso, o tema água será um destaque. A AIPA escolheu a água como tema do "Concurso da Primavera" (veja regulamento, nesta página) e já recebeu cartilhas do Senac, para distribuição nas escolas. "Especialistas já declararam que a água pode se tornar mais cara de que o petróleo, ou de que as melhores bebidas", comenta Juljan Czapski, presidente da AIPA, lembrando que, se não aprendermos a cuidar dela hoje, não a teremos amanhã.


SERVIÇO
Programa Hortas Escolares sem Agrotóxicos 2000
  • Inscrições e informações:
  • e-mail para aipa@aipa.org.br
  • ou telefones
    • (11) 9936.9689 ou (11) 7826.1320 (13 às 16:30h)
    • (11) 3887.2423 (8 às 13)


(clique aqui para ter mais detalhes do Curso de Capacitação em Horta Orgânica da AIPA)

(clique aqui, para entrar na página de Educação Ambiental da AIPA)

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