Ontem foi quinta feira, dia de pesquisa
na biblioteca da escola. Fui fazer uma pesquisa sobre o desequilíbrio
na fauna para um concurso promovido pela AIPA.
Peguei vários livros antigos
e atuais para pesquisar sobre a diferença no decorrer dos anos,
quando, de repente escorreguei no meio da biblioteca. Só sei que,
quando voltei ao sentido, estava no meio de uma floresta, quero dizer,
era isso que me parecia.
Andei bastante e vi cada coisa
que nem podia imaginar que existia ou que, provavelmente, existiu. A cada
passo que dava tinha mais certeza que em 1999 eu não estava. Mas
uma coisa podia confirmar: aquela floresta era aqui mesmo, em Itu.
Precisavam ver os animais felizes
e a floresta impecável. Vi pássaros e outros animais que
nunca tinha visto antes e fui me dando conta de quanto faz falta aquela
mata e os animais, principalmente os que hoje são mortos para se
fazerem bolsas, sapatos, roupas, ou por pura diversão. O que mais
me encantou, foi poder ver animais que estão em extinção,
como a arara azul. Vi também onças e pássaros de
todas as cores e tamanhos.
De repente acordei na mesma biblioteca
onde havia caído, saí correndo sem nem se quer olhar os
livros que havia pego. Tentei me conformar em ver no que tinha se transformado
aquele paraíso.
Aqueles lindos animais que posso
ainda ver, mas em sapatos, bolsas, casacos e até em tapetes pendurados
nas paredes de colecionadores de peles. Ainda não consigo entender
como conseguiram acabar com tudo aquilo.
Juliana Cristina de Santo
- 12 anos
Colégio Integrado Monteiro Lobato
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