1º LUGAR - MICHEL G. BARBOSA E ROBSON CASTELLI "A FAUNA DO CERRADO E DA MATA ATLÂNTICA" |
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"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes"
Albert Schweitzer (Prêmio Nobel da Paz - 1952) O tema dado para a escola Ítalo Bologna foi a fauna do Cerrado e da Mata Atlântica. Gostamos muito de pesquisar estes dois ecossistemas, tão importantes para a vida. Através desta pesquisa, tomamos consciência da importância da preservação da fauna e da flora, tão devastadas pelo Homem. Já sentimos hoje um reflexo dessa devastação: aumento da temperatura do planeta, falta de oxigênio, empobrecimento do solo, assoreamento dos rios, desaparecimento das espécies, extinção dos animais, etc... É preciso proteger o que nos resta para não nos tornarmos também, um ser em extinção.
O domínio dos cerrados ocupa cerca de dois milhões de km2, ou 22% do território nacional. O solo é antigo, profundo e bem drenado. Nutricionalmente, é ácido e de baixa fertilidade, com altos níveis de ferro e alumínio. O clima é estacional, com duas estações bem definidas: seca e úmida. A precipitação média anual é de 1.500mm, com grandes variações intra-regionais.
Os maiores problemas enfrentados pelo cerrado são a expansão agropecuária, as queimadas periódicas e a invasão de espécies exóticas. No estado de São Paulo, que já teve quase um quarto de seu território dominado pelo Cerrado, pelos dados do Probio (Programa Estadual de Biodiversidade) só resta em torno de 1%.
Uma rara mancha do Cerrado permanece viva em Itu. Foi do Cerrado ituano que no passado saíram vigas para a sustentação das suas melhores casas. Os mais antigos conheciam também plantas medicinais existentes neste ecossistema. Trata-se de um conhecimento herdado dos índios: muitos povos tradicionais brasileiros vivem há séculos no Cerrado brasileiro, usando suas riquezas, sem devastá-lo.
Atualmente, os cientistas reconhecem que o Cerrado é um dos mais importantes sistemas vivos do planeta. Ele responde por cerca de 5% de toda diversidade de vida (biodiversidade) mundial. O Cerrado brasileiro é tido como a savana mais rica. Suas árvores não perdem folhas nas secas prolongadas por terem raízes longas, capazes de buscar a água das profundezas do subsolo. Sabe-se hoje que a região de Cerrado no Brasil Central, por exemplo, é uma verdadeira caixa d’água, armazenando e distribuindo água para as principais bacias hidrográficas brasileiras.
Ao devastar aquele ecossistema, as águas subterrâneas também podem ser contaminadas. Essas ameaças inspiraram a formação de uma rede de organizações não governamentais preocupadas em salvar esta riqueza nacional: a Rede Cerrado, que promoveu, no final de junho, o seu quarto Encontro Nacional. O resultado foi a Carta de Montes Claros, numa referência à cidade mineira onde o evento ocorreu.
Ponto importante lembrado na carta: o uso predatório do Cerrado contraria vários acordos internacional resultantes da Eco 92, dos quais o Brasil é signatário, como a Agenda 21 e a Convenção sobre a Diversidade Biológica.
Reflorestamento: Existe um projeto de reflorestamento do Sistema Itaim, em Itu, onde foi construída uma barragem para tratamento de água. Nas fazendas pertencentes a Eucatex e na fazenda Santa Marta também existe trabalho de reflorestamento; eucalipto e pinus respectivamente. Na Fazenda São Miguel e no Campo de Tiro Real do 2o. GACAP, desenvolvem-se experiências de reflorestamento de Cerrado.
Preservação da fauna: A preservação da fauna está vinculada às leis e decretos que regem as APAS (Áreas de Proteção Ambiental) e Reservas Biológicas.
Conseqüências do desaparecimento do cerrado para a fauna: com o desaparecimento do Cerrado, causado pela ocupação sem planejamento, perdemos muitos animais que logo só poderão ser vistos nos jardins zoológicos. É o caso do tamanduá-bandeira, que vasculha ao Cerrado ao entardecer, à procura de cupins. Também estão desaparecendo as emas e lobo-guarás, cuja pele serve para confecção de casacos.
O Estado de São Paulo era coberto por uma floresta tropical, a Mata Atlântica. Atualmente ela só existe em locais próximos do litoral, em pontos isolados do interior e em reservas ou parques florestais.
Na Mata Atlântica existem diversos tipos de plantas, como árvores, arbustos, trepadeiras, orquídeas, bromélias, etc. Nela vivem também muitas espécies de animais, como mico-leão-de-cara-dourada, caracol, cobra chata, lagartos, sapo-untanha, jaguatirica, rato-de-espinho, jararaca, sapo-de-chifres, rendeira, beija-flor-rabo-de-tesoura, etc.
Em 1500, na época do descobrimento, a Mata Atlântica cobria uma faixa de mais de um milhão de quilômetros quadrados, entre Rio Grande de Sul e Ceará, cerca de 12% do território nacional. Hoje a floresta nativa se resume a 95.000 quilômetros quadrados, que significa menos de 10% da cobertura de 1500. Em Sergipe, restou apenas 1% da área original.
Em 1993, foi criado um decreto estendendo a proteção da Mata Atlântica para um milhão de quilômetros quadrados, incluindo as áreas já devastadas. Os ecologistas apoiam, mas o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) acha a área irreal e quer reduzi-la apenas área da floresta nativa remanescente.
Com isso chega-se a conclusão de que cada ano a cobertura vegetal diminui em cerca de 17 milhões de hectares, que representa uma área do tamanho da Áustria, deixando assim milhões de espécies em extinção. Considerando esse ritmo tão grande de extinção, dois milhões de espécies poderão desaparecer em 30 anos.
Em Itu, são encontradas espécies dos ipês-roxo, que são próprios da Mata Atlântica. Antigos ipês-roxo estão plantados em quase toda extensão da Rua Quintino Bocaiúva e na Avenida Marginal, a época da floração se dá no inverno.
A grande parte da Mata Atlântica em Itu, está localizada na Estrada dos Romeiros, hoje conhecida como Estrada Parque, onde existe um núcleo que trabalha para a sua preservação em parceria com ONGs, Prefeitura, Escolas, etc.
Com esse trabalho, pudemos concluir que estes dois tipos de ecossistemas, inclusive a fauna do Cerrado e da Mata Atlântica estão ameaçados, ou seja, estão quase sumindo do nosso país, que é o maior em extensão de áreas vegetais.
Percebemos também que a devastação da cobertura vegetal provoca a diminuição do oxigênio, a alteração do clima, a redução dos recursos naturais, a erosão, o empobrecimento do solo, as extinções das espécies animais e vegetais, o assoreamento e a poluição dos rios e a elevação da temperatura.
Portanto, se não quisermos um dia morrer pela falta do oxigênio, ou de alimentos, precisamos preservar o pouco que nos restou. O homem precisa parar de destruir o seu próprio mundo!
Michel Gilliard Barbosa (5º Termo - Salto ) e Robson Castelli (3º Termo - Itu), do curso Mecânica Geral do Senai "Italo Bologna" - |
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2º LUGAR - MARCELO FORNARI "PROTEJAM ESTA BELEZA!" |
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de florestas do mundo. Protejam esta beleza!
Autor: Marcelo Fornari |
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