"Olha
que legal, hoje de manhã o Renato Machado, do Bom Dia Brasil,
falou sobre esse e-mail, pois está dando certo aqui no
Brasil. Uma idéia que pode funcionar!! Depois do petróleo
iraquiano, quem sabe a flora e reservas da Amazônia, água
potável, minérios, quem duvida ?
Na década de 50, os negros americanos do Estados do Sul,
como Alabama, Geórgia, Mississipi, etc, só podiam
sentar nos bancos traseiros dos ônibus. Um dia uma senhora
negra sentou-se num banco da frente e foi agredida e expulsa do
ônibus.
No domingo seguinte, o Reverendo Martin Luther King iniciou um
movimento de boicote aos ônibus, movimento esse que obteve
total adesão dos negros, até mesmo dos outros estados
sulistas. Onze meses depois do início do boicote, durante
o qual os negros não andaram de ônibus, os políticos,
pressionados pelos proprietários das empresas, votaram
uma lei que proibia a discriminação racial nos meios
de transporte.
Essa é a linguagem que os políticos americanos entendem.
A linguagem o 'business'.
Agora,
Bush e seu parceiro Toni Blair, da Inglaterra, pretendem invadir
o Iraque para apropriar-se de suas reservas de petróleo,
da mesma forma que vêm interferindo na política da
Venezuela e em todos os demais países, como se fossem donos
de tudo.
Está na hora de sairmos de nossa letargia, de nossa indiferença,
e começarmos a agir. Nessa linha, propomos um boicote aos
produtos americanos.
-
Jogar
pedras e quebrar vitrines dos Mac Donald's mundo afora, é
fazer o jogo da violência, que é o jogo deles.
Basta deixarmos de ir lá. Mesmo porque você evita
transformar seu filho num diabético ou ingerir coliformes
fecais. Basta ensinar aos nossos filhos que eles podem obter
boa comida em outros lugares muito mais saudáveis.
- Igualmente,
quando tivermos sede, não precisamos tomar Coca-Cola.
(além de que provoca gastrite, celulite, engorda e
você não tem nem idéia do veneno que está
ingerindo). Vamos tomar um guaraná ou um chá,
que seja produzido aqui.
-
Quando
comprarmos um carro, compremos carros franceses, alemães,
italianos, coreanos, ou qualquer outro, menos Ford, GM ou
Chrysler. Abastecer o carro: Petrobrás, Ipiranga. Shell
que é anglo-holandesa, Esso e Texaco, com capital americano,
não.
- Conta
em banco: City ou Boston - estamos fora.
- Remédios,
computadores, pasta de dente, roupas de grife, passagem aéreas,
qualquer coisa: americana, não!
Aliás,
esse remédio já foi experimentado pelos ingleses,
na Índia. Lá, o Gandhi liderou a 'resistência
pacífica' e, sem violência, obteve a independência
de seu país.
Detalhe:
não vamos estar criando mais desemprego ao não irmos
ao Mac Donald's, ou não tomarmos Coca-Cola, pois estaremos
gerando emprego ao consumirmos produtos de seus concorrentes.
Apenas, o lucro e os royalties não vão mais para
os Estados Unidos.
É hora de começarmos:
1°-
repasse essa mensagem a todos os seus conhecidos;
2°- mantenha-se alerta para, quando comprar algo, mesmo
no supermercado, não comprar nada de origem americana;
3°- tenha paciência, pois a cada duas semanas estaremos
reenviando essa mensagem para lembrá-lo deste compromisso;
4°- confie: em menos tempo do que se imagina mudaremos
a postura belicista do Bush;
5°- se você tem amigos em outros países, mande-lhes
essa mensagem e peça-lhes que a traduzam e divulguem;
6°- se você tem um site, coloque esta mensagem numa
janela pop-up dele.
Finalmente,
lembre-se: individualmente, não somos ninguém,
mas, como povo e como consumidores, temos o poder em nossas
mãos. Então, agora é luta!!!"
|

Espalhada
por e-mail para um sem-número de internautas, esta mensagem é
um dos instrumentos de cidadãos que mostram como a simples atitude
do não-comprar, não-consumir, pode mudar o mundo para
melhor.
Uma pesquisa na rede mundial de computadores revelará muitas
outras ações semelhantes. Alguns sites - criados por indivíduos
ou organizações contra a guerra de diferentes países
- introduziram listas com os nomes de grandes empresas norte-americanas,
para facilitar a identificação, pelo cidadão, dos
produtos a serem boicotados.
Outros foram mais longe, abrindo também espaço para depoimentos
de gente que aderiu à redução do consumo em favor
da paz. É o caso do site adbusters.org, e sua página 'boycott_américa/
letters.html". Num dos testemunhos, o internauta americano Rob
conta como reduziu o consumo e ganhou qualidade de vida.
"Tirei
minha conclusão sobre os EUA, quando mudei para a China"
escreve ele em inglês, detalhando a mudança de hábito:
"Deixei tudo para trás: meus carros, minha TV com tela enorme,
comida de baixa qualidade, ladainhas dos meios de comunicação.",
Hoje na China, relata, ele só anda de bicicleta (de segunda mão)
ou caminha. Não compra coisas a não ser que realmente
precise delas, come comida fresca e saudável, o que o ajudou
a perder mais de 50 kg de excesso de peso. "Foi uma decisão
difícil. Mas sinto-me livre e mais saudável", finaliza.
Este depoimento
remete a campanhas bem anteriores à invasão do Iraque,
ensinando que, se os 6,2 bilhões de habitantes humanos da Terra
adotassem o padrão de consumo dos países desenvolvidos
(e de uma parcela de pessoas dos países pobres ou em desenvolvimento),
logo haveria um colapso ambiental, com o esgotamento dos recursos naturais
do Planeta. Um prognóstico do cientista Edward O. Wilson ganhou
espaço na mídia, ao alertar, com números, que seriam
necessários três planetas como o nosso, para que todos
pudessem adotar o padrão de consumo médio dos norte-americanos.
Em paralelo, a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem
(WCS, na abreviação em inglês) em estudo com um
departamento da Universidade Columbia, concluiu que apenas 17% da superfície
da Terra ainda não tinham sido afetados pelo Homem no ano 2000.
São dados que fortalecem a bandeira do Consumo Sustentável,
expressão criada por quem defende que a Humanidade deve saber
usar os recursos naturais para satisfazer as necessidades da atual geração,
sem comprometer necessidades e aspirações de gerações
futuras; mantendo a capacidade do Planeta de fornecer recursos naturais
e absorver impactos negativos provocados pela produção,
uso e descarte de produtos e serviços criados pelo bicho-homem.

MELE A GUERRA
O mesmo site www.adbusters.com
traz uma coleção de dicas criativas voltadas a qualquer
pessoa, de qualquer país. São dezenas de sugestões
em inglês, desde divertidas - como a proposta de usar humor pela
paz - até mais engajadas.
 Entre
os exemplos práticos já em andamento, um pequeno grupo
de pacifistas norte-americanos denuncia a voracidade de seu povo por
um recurso natural não renovável - petróleo - o
que constitui um dos motivos da atual invasão do Iraque. Basta
cada americano deixar de rodar 10 km diários com seus carros,
para que os EUA não precisem importar o ouro negro do Oriente
Médio, reforça a campanha, incitando cada um a fazer sua
parte.
Para quem usa moeda estrangeira, trocar dólares por euros (enfraqueceria
a moeda norte-americana, retirando parte do poder do país). Escrever
mensagens pacifistas em notas de dinheiro, que circulam por muitas mãos.
Participar de campanhas pedindo que o presidente Bush, dos EUA, e seu
vice-presidente Cheney - principais articuladores do atual conflito
- sejam excomungados pela Igreja. Pressionar a ONU e congressistas norte-americanos
para que imponham o fim dos conflitos. Apoiar sites que ridicularizam
as principais marcas de produtos norte-americanos. Usar a arte - canto,
dança, pintura, redações - como instrumentos pela
paz, são outras dicas criativas.
Um canadense, Guy Dauncey, também usou parte do site earthfuture.com
para listar 101 sugestões práticas que qualquer um pode
seguir. Por exemplo, sugere às pessoas que participem de eventos
públicos, ou criem seus próprios eventos - convocando
amigos, colegas de trabalho ou escola ou/e vizinhos para debates públicos
(onde a imprensa seja convidada) - manifestações, mostras
de arte pela paz, entre outros. Formar redes de organizações
para fortalecer a ação pela paz é uma das propostas
adicionais.
 Mais
idéias. Criar e usar camisetas com mensagens contra a guerra,
produzir faixas para colocar na janela ou fachada de casa, escola, ou
local de trabalho. Escrever cartas ou mandar e-mails curtos e simpáticos
com mensagens de paz para os amigos (ou bem incisivos contra a guerra
para governantes dos países que apóiam o conflito).
Boicotar produtos norte-americanos também faz parte da lista
de Dauncey, que diz: não queremos só parar com esta guerra,
mas com todas as guerras.
Um dos jeitos de fazê-lo, explica, é estreitar relações
com pessoas afetadas pelo conflito. Que tal procurar na região
imigrantes iraquianos, ou seus descendentes, para saber um pouco mais
sobre o país, seu povo, tradições, qualidades históricas
e ambientais? Terão estas pessoas parentes ou/e amigos na zona
de conflito?

INICIATIVAS BRASILEIRAS
"Destruir nosso planeta? Não em nosso nome", anuncia
uma animação bilíngüe do site brasileiro Cambito
(www.cambito.com.br/paz/no_war.swf).
Com o governo posicionado contra a guerra e a mídia inclinada
para a paz, são incontáveis as iniciativas brasileiras
contra o conflito no Iraque. Há manifestações,
individuais ou coletivas. De empresários que incluem a palavra
paz em locais visíveis de suas empresas e na sua publicidade.
De escolas, promovendo atividades pela paz. Há mensagens pacifistas
ou piadas contra os mandatários da guerra remetidas por e-mail
alcançando internautas de todas idades.
Já
incluído na seção Educação Ambiental
do site da AIPA, uma destas mensagens, que ensina atividades para
pais e educadores, como criar coletivamente uma bandeira contendo
a frase: A Humanidade Quer Paz. Ou reproduzir e distribuir o texto
Sementes da Paz, que reúne pequenas orações pela
paz, de acordo com diferentes religiões: budista, cristã,
judaica, etc.
"Se alguém quiser enviar alguma mensagem para o Bush,
o e-mail é: president@whitehouse.gov.
Estou mandando uma mensagem bíblica por dia, só para
ele se lembrar de que está fazendo exatamente o contrário...
Minha falecida avó, numa circulada da Suécia para a
Palestina, me mandou de presente uma bíblia em inglês,
que está sendo de grande utilidade para eu encher a paciência
do Bush!", informa a ecologista Ana Maria Pinheiro, da União
em Defesa da Natureza.
LEIA
TAMBÉM
CARTA
DE DAVID SUZUKI REVELA A ORIGEM DO CONSUMISMO
matéria do Urtiga 155, traz
a tradução de texto do professor canadense David
Suzuki, que conta a história do consumismo e discute as
consequências ecológicas, sociais e espirituais de
nossas escolhas.
COLEÇÃO
DE DICAS PRÁTICAS PELA PAZ
dicas para pais e educadores, poesias pela paz, artigos e análises,
informações recebidas por internautas, que ajudam
a conhecer mais.
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