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Concurso da Primavera 2001!!!

PRIMAVERA 2001
CATEGORIA ENSINO MÉDIO

TEMA: PERIGOS DA ENERGIA NUCLEAR



ENERGIA E
MEIO AMBIENTE
 


1º LUGAR - LIVIA DE PAULA M. PASQUA 

 2º LUGAR - ADÉLCIO CAMILO MACHADO

MENÇÃO HONROSA- ROBERTA BERTIM S. ABUD

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1º LUGAR - Livia de Paula Machado Pasqua

"PERIGOS DA ENERGIA NUCLEAR"

 

Ao falarmos sobre a energia nuclear, o que nos vem à memória geralmente são bombas atômicas, imagens de guerras, fórmulas de química (E = MC2) e até do famoso cientista Einstein. Imaginamos toda aquela coisa fantasiosa. Mas o que realmente é a energia nuclear?

É a energia obtida através da fissão (divisão em duas partes) ou da fusão (combinação de dois ou mais) do núcleo de um átomo. Essa é a tão falada energia que foi usada para fins pacíficos e militares (2.ª Guerra Mundial), em forma de armas nucleares.

As armas nucleares são engenhos explosivos que tem poder destrutivo. Uma bomba de 20 quilotons (unidade química) tem o mesmo efeito explosivo de 20 mil toneladas de TNT (dinamite)!!!

Essas armas incluem: bomba atômica, bomba de hidrogênio e bomba de neutrons. A mais famosa é a primeira. Sua energia se deve a fissão do núcleo atômico do urânio em duas partes. Com a explosão da mesma, é liberada metade de sua energia como ondas de choque, um terço como calor, e o resto como radiação.

A radiação natural é a de baixa intensidade ionizante (liberação de cargas positivas ou negativas), sempre presente no meio ambiente. É oriunda de raios cósmicos, alguns tipos de rochas (granito). Já a radiação artificial é obtida através do uso medicinal de materiais radioativos, indústria nuclear, precipitação radioativa gerada em testes de armas atômicas, telas de televisão e tintas luminosas.

Em resumo, energia nuclear é aquela que mantém os prótons e neutrons juntos no núcleo. Apesar de ser usada em bombas, também tem seu beneficio quando aplicada na medicina.

Com o passar do tempo, podemos perceber que o Homem tem um progresso e um regresso. Progresso por conseguir desenvolver mais os seus estudos, poder construir uma bomba, evoluir. E um regresso, porque, com essa evolução, podemos destruir muitas vidas.

Curiosidade : com a intensa radiação no Japão, alguns habitantes da região nasceram com deformações no corpo, e outros problemas, que causam muita dor.

Livia de Paula Machado Pasqua
Colégio Sistema - Itu

 
 
 
 
 
 
 
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2º LUGAR - Adélcio Camilo Machado

"URÂNIO: UMA PERIGOSA SOLUÇÃO"

Nos tempos em que a falta da água está abalando os lares, nos deparamos com outro problema: a falta de energia. Por possuir uma vasta bacia hidrográfica, o processo de obtenção de energia no país se dá, principalmente, por usinas hidrelétricas. Sem água, esse processo de obtenção de energia é impossível de se realizar

Aonde vamos parar? Eu não sei. Mas o nosso conhecimento deve voltar-se para o ano de 1939, ano em que, pela primeira vez, foi realizado um processo de fissão nuclear, para obtenção de energia. E que energia! Aproximadamente meio quilo de urânio é capaz de fornecer tanta energia quanto 1360 toneladas de carvão!

Mas como se dá essa "tal" fissão nuclear? Para entender o processo de fissão, primeiramente precisamos conhecer o seu combustível: o urânio 235. Esse tipo de urânio é um isótopo raro. No urânio natural ele ocorre na proporção 1:140 do outro isótopo.

Então, para servir de combustível da fissão, é necessário que seja usado o urânio enriquecido, que contém uma porcentagem maior de urânio 235 do que o natural. Mas, novamente, os pesquisadores se deparam com um problema: a escassez de urânio 235. Mas a tecnologia foi mais longe e conseguiu construir reatores regeneradores, ou seja, que têm a capacidade de converter o urânio não fissionável e outros elementos em isótopos fissionáveis.

Bom, devidamente apresentados ao urânio, vamos ao reator nuclear. E o que é isso? O reator nuclear é um equipamento de onde a energia nuclear é obtida através de uma reação em cadeia. O primeiro reator foi construído na Universidade de Chicago, supervisionado pelo físico italiano Enrico Fermi, e em 2 de dezembro de 1942 produziu uma reação em cadeia.

Para explicar como são estas reações em cadeia, devemos entender o que é fissão, como ela acontece, etc.... Fissão nuclear é uma reação em que o núcleo de um átomo se fragmenta num par de produtos radioativos de massa atômica menor. Tudo isso quer dizer que a fissão nuclear é a divisão do núcleo de um átomo em dois com menor peso, pois libera neutrons no processo.

Vamos voltar para as reações em cadeia? Libera-se inicialmente um neutron do urânio 235. Este urânio vai ser sugado por um núcleo do mesmo elemento. Do choque entre eles, o núcleo vai se dividir em dois (fissão propriamente dita), liberando energia e liberando 2 ou 3 neutrons (medida do urânio), que poderão fissionar outros núcleos de urânio 235.

Essa reação pode ocorrer de 2 formas: controladas, nas usinas termonucleares ou descontroladas, como, por exemplo, no caso da bomba atômica. No reator nuclear, então, a maior parte dessa energia se transforma em energia térmica, que é utilizada para aquecer a água, convertendo-a em vapor de alta pressão que faz funcionar uma turbina, e esta é convertida em energia elétrica por um gerador. A energia liberada é tremenda! Para cada grama do elemento, há uma liberação de energia da ordem de 24.000 kWh.

Agora, que tal não nos restringirmos a conhecimentos no papel e raciocinarmos juntos? Já foi citado que o processo de obtenção da energia nuclear e da energia de uma bomba atômica são os mesmos: fissão nuclear, causando uma reação em cadeia.

Sabemos, também, as catástrofes que foram as bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Os próprios idealizadores da bomba ficaram arrependidos por terem criado tão letal arma. E catástrofe não quer dizer somente morte. Quer dizer também destruição, lesões muitas vezes hereditárias causadas pela radioatividade, perda de solos férteis... Quem não morreu ainda leva marcas da bomba lançada.

Após essa reflexão social e histórica, voltemos: se o processo de obtenção de energia nuclear é o mesmo da bomba atômica, nossos reatores guardam, dentro de sua estrutura, uma energia que matou centenas, lesou milhares, desabrigou tantos e chocou todo um planeta!

A argumentação é que essa energia é controlada, mas é controlada até que se prove o contrario. E quantos poderão ser vítimas dessa "prova"? Os reatores já esboçaram seu poder de destruição em Three Mile Island (1979) e novamente em Chernobil (1986), demonstrando que seu poder energético é tão grande quanto a tecnologia humana.

Sem energia ou sem a certeza de acordar vivo? É uma difícil resposta.

Adélcio Camilo Machado - 15 anos
Colégio Sistema - Itu

 
 
 
 
 
 
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MENÇÃO HONROSA

"A FORÇA EDIFICADORA DA GUERRA E DA PAZ"

Todos nós às vezes perguntamos porque as coisas são assim ou por que são de outra forma e acabamos por aceitar a idéia de que são simplesmente o que a natureza os faz ser.

Todavia, esta conformação não predomina na mente de toda a população e desta forma, existem aqueles que vão além, buscam respostas e exploram suas dúvidas, transformando - as em experiências e procurando nelas a lógica, a razão.

Podemos notar que a paz é o maior alvo da atenção mundial e chegamos às perguntas...Por que não vivemos em paz ? E, será, a violência, presente em cada momento de nossa vida, a chave para conseguirmos a paz ?

Perguntas e mais perguntas finalmente nos levam a uma realidade um pouco diferente no século passado, em meados da década de cinqüenta, testes fatais foram realizados para avaliar explosões.

As explosões foram experimentadas, sim, mas ao mesmo tempo duas cidades foram exterminadas, Hiroshima e Nagasaki, alvos em 1945 onde surgiram milhões de pessoas mortas, áreas e mais áreas contaminadas... e assim desta forma, descobrira - se que, com certos processos, há uma possibilidade de adquirir energia a partir de uma reação com um isótopo de urânio.

Fruto de uma fissão, fusão ou então desintegração; esta reação é capaz de produzir energia suficiente para suprir necessidades universais. Não seria necessário nem hidrelétricas, nem fontes alternativas de energia, só a nuclear.

Países e nações inteiras apostaram nesta energia, porém, logo houveram de desistir. Era tão inútil como custosa! O valor gasto com a construção de uma usina não compensaria os riscos, nem os benefícios. E além do mais ...quanto prejudicaria as fontes energéticas já existentes e o que fazer com o material resultante desta reação radioativa ? É, a energia nuclear não é de fácil manipulação. Nenhum mal leva ao bem assim, como nenhuma força nuclear leva a paz.

A energia nuclear sempre foi vista como uma arma, o que de fato é um mínimo pedacinho ao mesmo tempo que é "tudo" pode em um segundo destruir tudo, quando em contato direto com os seres causa morte, e , mesmo quando a radiação não é tão próxima há um grande prejuízo, não só na vida atual, mas para sempre, já que causa conseqüências por um período indeterminado.

Os humanos são elementos básicos para a boa utilização da energia nuclear, mas, como confiar naqueles que, ao mesmo tempo, almejam o poder, arriscam a vida e apóiam a guerra ?

 

Bibliografia
  • Revista Época - Ano III nº137 - Editora Globo - 1º de janeiro de 2001 pág. 64
  • Nova enciclopédia ilustrada - Folha - "A enciclopédia das enciclopédias" vol 1 págs. 298
  • Enciclopédia dos fatos - Descobrir - Editora Globo - Vol. 04 - pág. 173
  • Conhecer Atual - Nova Cultural - Tecnologia - Págs 65 à 73
  • Folha de São Paulo - Atlas da história do mundo - Págs 266 e 267

Roberta Bertim Stape Abud - 15 anos
Colégio Sistema - Cabreúva

 
 
 
 
 
 
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