"A Eco-92 foi realizada no Rio de Janeiro, em 1992, com o objetivo de reunir ONGs de todos os países para discutir e criar projetos que ajudem a solucionar problemas que atingem todo o Globo.

Alguns desses projetos podem salvar espécies ameaçadas de extinção. Uma das idéias é simples: todos os exemplares de hamsters que encontramos hoje espalhados pelo mundo são descendentes de uma única fêmea, encontrada num deserto da Síria. Se fosse feito o mesmo com espécies ameaçadas de extinção e fossem plantadas matas ciliares para conservar o ecossistema, parte desse problema estaria resolvido.

Outra forma de manter espécies vivas é a criação de unidades de conservação. Depois da Eco-92, a área protegida no Brasil dobrou. Em contrapartida, muitas dessas áreas não saem do papel por falta de verba e fiscalização.

Lançada na Eco-92, entrou em vigor cerca de dois anos depois, a Convenção da Diversidade Biológica, que obriga os países a protegerem suas espécies, por meio da conservação de seus habitats. Os EUA nunca aprovaram a convenção.

Nenhum país industrializado cumpriu o compromisso estabelecido pela Convenção de Mudanças Climáticas, de controlar a emissão de gases nocivos ao planeta. Em 1997, foi lançado o Protocolo de Kyoto. Mas, precisa do apoio dos EUA, que se recusam. A temperatura do planeta está aumentando e já podemos ver algumas conseqüências desse aquecimento.

Por exemplo podemos citar os oceanos que se elevaram de 10 a 20 cm nos últimos 100 anos. Para reverter esse processo de aquecimento, seria necessário cortar cerca de 60% da emissão de poluentes, meta praticamente inatingível.

Alguns recursos previstos, como financiamentos de projetos ambientais, foram invibializados por órgãos internacionais e burocracia brasileira. Os países desenvolvidos haviam prometido aumentar as doações para os países pobres, ao invés disso, diminuiriam ainda mais a ajuda, que já era pequena. A ajuda do GEF (Global Enviroment Facility) também foi 30 vezes menor que a planejada. Os indicadores sociais continuam os mesmos. Há no mundo 1,2 bilhões de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia. Apesar das boas intenções e dos ótimos projetos, alguns são economicamente inviáveis. Mas a Eco-92 mostrou ao mundo a importância de se preocupar e ajudar a resolver problemas sociais e ambientais, criando assim uma sociedade consciente dos problemas e pessoas com vontade e garra para preservar as riquezas naturais."

AUTORA: Katila Kristhina Kormann Morel (15 anos)
ESCOLA: Colégio Objetivo - Salto

"Quem diria, já estamos no ano 2002! Quanta coisa mudou, quantos somos nós e quantos ainda irão nascer e morrer! Assim é a vida, na verdade, assim é o ciclo da vida, no qual todos temos um papel de extrema importância no meio ambiente, onde nascemos, vivemos e, enfim, morremos.

Aqui estamos, a raça superior às demais, o Homem, ser dotado de tanta inteligência, mas que na maioria das vezes não se preocupa com o que está acontecendo ao seu redor, a não ser que seja algo que o incomode, prejudicando a sua rotina, o seu dia-a-dia.

São tantos os problemas que encontramos em nossa sociedade que, por um momento, parecem não ter fim, ou simplesmente uma solução a curto prazo, nessa sociedade que só pensa em lucro, consumo e que faz do desperdício parte do seu viver.

Todo ser possuidor de vida, nesse momento, tem culpa, pois vivemos exagerando em tudo que fazemos, e muitas vezes isso é tão comum que nem percebemos.

É, nosso lindo planeta azul está se esgotando, do mesmo jeito que nós ficamos esgotados com as coisas que nos acontecem, a Terra está numa situação muito pior, pois são poucos os meios através dos quais ela pode se defender. Está por um fio, não sabemos por quanto tempo irá agüentar esses horríveis desafios que a ela estamos impondo.

Em um mundo que prioriza o desenvolvimento, onde é que se encaixa o uso dos recursos naturais sem desperdício, isto é, como caminhar desenvolvendo-se e sustentando-se somente com o necessário, sem pensar em lucro?

À primeira vista isso parece impossível, mas torna-se atingível quando pensamos que se houvesse união entre todos, sempre procurando dividir e viver somente com o necessário, esse quadro poderia ser revertido.

Mas não é assim, ser sustentável e se desenvolver ao mesmo tempo exige muito de todos nós. Uma maneira simples de chegarmos a uma solução é buscar o desenvolvimento sem que haja necessidade de alterar, agredir e esgotar o meio ambiente, e com justiça social sempre.

Precisamos chegar a um equilíbrio quanto ao crescimento econômico e a preservação da natureza, para que ela não se esgote. Viver em equilíbrio é extremamente necessário. No Brasil contamos com o auxilio da Agenda 21 , onde são levadas em consideração propostas indispensáveis para que possa existir desenvolvimento sem agressão ao meio ambiente e à população. A Eco 92 e a Rio+10 servem como exemplo para que o mundo se mostre consciente da situação global e promovam o debate a respeito do assunto.

E é por isso que se divulga, através dos meios de comunicação, a necessidade de vivermos num planeta sustentável e também de nos desenvolvermos sempre mais, sem que isso se transforme em gasto excessivo.

A solução está bem perto de nós: devemos lutar para que a distribuição dos alimentos seja justa; que não se desmatem as florestas; que optemos pela reciclagem dos diversos materiais reaproveitáveis; que a sociedade deixe de desperdiçar; que paremos hoje não só para pensar, mas agir para que possamos proporcionar um amanhã para as gerações futuras.

O lema é: pare e pense, não desperdice, pois isso é tolice, faça algo para que, no futuro, o mundo não se torne mais desumano do que já é, restando apenas o lixo que jogamos e acumulamos todos os dias.

Basta querer e veremos um mundo melhor. A partir do momento em que nos unirmos ainda mais; não contra a globalização, mas que ela seja feita da mesma maneira para todos, sem distinção, sem injustiças, buscando o equilíbrio entre o que se tem de disponível e o que é realmente necessário utilizar.

Se cada ser humano fizer a sua parte, dia após dia, logo teremos solucionado muito desses problemas e assim conquistaremos todos juntos o que chamamos de desenvolvimento sustentável."

AUTORES: Daniel Augusto dos Santos Andrade, Luana Lourenço Zumstein
ESCOLA: E.E. Manoel José da Fonseca - Itupeva