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CONCURSO DA PRIMAVERA 2004

DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO!!!


TEMA CENTRAL
“LIXO: REDUÇÃO, REUSO, RECICLAGEM - CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO”
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PREMIADOS DA CATEGORIA - SUPLÊNCIA - 3º ANO

Como contribuir para a coleta seletiva? Turmas de suplência pesquisaram por que cada um deve se envolver nesse projeto e criaram campanhas educativas com cartaz e frase (slogan), para conscientização da população. Por terem feito trabalhos em turmas de mais de seis pessoas (fugindo do regulamento), a decisão foi dar apenas menções honrosas...

Veja aqui, como participar

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MENÇÃO HONROSA
RECICLAR É UM GESTO DE AMOR E RESPEITO PELA NATUREZA

(também publicado no Urtiga 164 - set/out 2004 - capa)
 
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RECICLAR É PRECISO

Guto e Laurinha lanchando na praça. Laurinha recolhe o lixo para a coleta.
Guto questiona Laurinha: "O que você vai fazer com o lixo? Você vai andar por ai com o lixo na mochila?"

"Vou levar para ser reciclado, você queria que eu fizesse como todo mundo? Jogar lixo por ai? Sabe desde quando isso acontece?"
"Ai, lá vem história!!!", reclama Guto.

"No tempo da vovó", - começa Laurinha - "todo lixo virava adubo".
Guto pergunta: "E por que hoje não é assim?"

Ela explica: "Porque antigamente o lixo era em sua maioria orgânico, ou seja, era aproveitado pela natureza. E hoje não. Temos plástico, vidros, latas, pilhas, baterias e tantas outras coisas. Algumas coisas levam muitos anos para se decompor, outras então nem se acabam, ficam por ai, contaminando a natureza e nossas vidas. Você sabe quanto lixo já produziu nesses seus 12 anos? O mesmo peso do carro de seu pai."

Guto se assusta. E diz: "Meu Deus, quanto lixo! Mas não faço isso sozinho."
"Faz sim, senhor! Imagine agora quanto lixo é produzido por todas as pessoas juntas. Em casa, na indústria, no comércio, na escola, na rua, nos hospitais..."
Guto pergunta curioso: "E aonde vai parar todo esse lixo?"

Laurinha retruca: "E você não sabe?"
Guto: "Eu não! Quer dizer, ele vai para o lixo de casa e de lá o lixeiro leva, ué!"
"Então vamos fazer um passeio diferente".


Laurinha leva Guto para conhecer um lixão. Guto fica assustado com o que vê.
Laurinha explica: "Aqui é um lixão, onde grande parte do lixo é jogada. Só que este lugar não tem tratamento para o lixo. Isto é um perigo, sabe por quê? Porque sem tratamento aparecem ratos, baratas e moscas, que transmitem doenças. Além disso, esse lixo contamina a água, a terra e o ar."

Guto diz: "É, já vi que este lugar é horrível! Tem que ser assim?"
"Não! Hoje existem os aterros sanitários que tratam o lixo. Vá lá para ver a diferença."

"E já melhorou", diz Guto.
"Mas pode ser melhor!", diz Laurinha.

Guto pergunta: "Como?"
"Reciclando o lixo." - diz Laurinha - "Para nosso passeio ficar completo, vamos visitar uma usina de reciclagem de lixo, você vai entender tudo direitinho."

Guto fala: "Ai! Laurinha e sua mania de querer ser professora!"
Chegam na usina. "Está vendo? O lixo que nós produzimos vai ser reciclado, ou seja reutilizado."

Guto tira um chiclete da boca e fala: "Se passar pela esteira o chiclete sai novinho do outro lado?"
"Não é assim, Guto, o chiclete usado é do tipo de lixo que chamamos de rejeito, ou seja, não serve mais e não pode ser reciclado".


Guto imagina o chicletes com bichinhos. "Eca, e o que pode ser reciclado então?"
Laurinha responde: "Muita coisa!"

Por exemplo:

Papel: O papel é feito de celulose, encontrada nas árvores. Uma vez usado, esse papel volta para a indústria, que reaproveita a sua celulose, transformando-o em um novo papel; Com esse processo preservam-se muitas árvores. Mas para isso, o papel não deve estar engordurado, e papel higiênico usado, também não serve.

Plástico: É feito a partir do petróleo, que é um recurso natural não renovável, que levou milhões de anos para ser produzido, ou seja, você pode estar brincando com um dinossauro que virou petróleo e acabou-se em plástico, na sua mão. Guto apanha o cantil da bicicleta e olhando diz: "Será que estou bebendo suco em um Tiranoussauro rex?"

Vidro: O vidro é uma mistura de areia e minerais aquecidos e derretidos. Para ser reciclado o vidro é moído, derretido e fundido novamente. O mesmo vidro pode ser reciclado várias vezes.
Metal: O metal, assim como o plástico, é retirado da natureza; ele vem dos minerais. E é um recurso que também pode se esgotar. O metal pode ser reciclado sempre, nem por isso perde sua qualidade.
Reciclando, diminui a quantidade, nos aterros e lixões. Poupa energia na produção de novos produtos e por falar nisso, você sabia que: a energia economizada na reciclagem de uma latinha de refrigerante é suficiente para manter uma televisão ligada por três horas?

Guto admirado diz: "Puxa vida! Como reciclar é importante e eu não sabia!"
"Ë, o senhor pode contribuir para melhorar o planeta!"

Guto desabafa: "Lá vem ela com seus discursos ecológicos!"
Laurinha fala: "Sim, senhor! Somos todos responsáveis e devemos fazer nossa parte."

Como?

  • Procure usar produtos que sejam fáceis de reciclar: sempre que possível troque o plástico pelo vidro, use sacola de pano em vez de plástico, use papel dos dois lados, não amasse, prefira rasgá-lo, o aproveitamento é melhor.

  • Separe o seu lixo reciclável daquele que não é aproveitado, separe as embalagem vazias dos restos de comida. Encaminhe o lixo reciclável onde ele possa ser aproveitado.

  • No caso de brinquedos ou roupas usadas procure doar em vez de jogar fora.

Tempo de decomposição do lixo
  • Plástico - 450 anos
  • Vidro - desconhecido
  • Fralda - desconhecido
  • Pneu - desconhecido
  • Lata de refrigerante - 200 a 500 anos
  • Lata de conserva - 100 anos
  • Palito de sorvete (13 anos); Chiclete - 5 anos
  • Corda - 3 a 14 meses
  • Camiseta - 1 a 5 meses
  • Papel - 2 a 4 semanas

Fonte de pesquisa:
Coleção Meio Ambiente: Tema Transversal - Reciclar é preciso. Novas Idéias Editora.


AUTORES
Erivaldo de França Ludogero
Andréia Aparecida Ramos
Aurora Brito de Souza de Lima
Edimilson do Carmo Gonçales
Geralda de Souza Moura
José
Aparecido Pereira dos Santos
José Maria da Costa Barreiros
Maria Aparecida Pereira da Silva
Valdecir Pereira
Santo Celestino Patéis
Valdir Moreal

Profª Benedita Aparecida - EMEISU Pirapitingui - Itu
 



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MENÇÃO HONROSA
NÃO POLUA O AMBIENTE, VOCÊ DEPENDE DELE PARA VIVER!

 
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Reprodução de texto

COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DO LIXO
(Publicado originalmente como DICAS no. 1 em 1993)


A melhor solução para a destinação final do lixo é ter menos lixo; a reciclagem é indispensável.

A destinação do lixo é um problema constante em quase todos os municípios, apesar de ser mais "visível" nas grandes cidades. Os municípios se defrontam com a escassez de recursos para investimento na coleta e no processamento e disposição final do lixo. Os "lixões" continuam sendo o destino da maior parte dos resíduos urbanos produzidos no Brasil, com graves prejuízos ao meio ambiente, à saúde e à qualidade de vida da população. Mesmo nas cidades que implantaram aterros sanitários, o rápido esgotamento de sua vida útil mantém evidente o problema do destino do lixo urbano. A situação exige soluções para a destinação final do lixo no sentido de reduzir o seu volume. Ou seja: no destino final, é preciso ter menos lixo.

AS SOLUÇÕES CONVENCIONAIS
Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado, comprimido e depois espalhado por tratores em camadas separas por terra. As extensas áreas que ocupam, bem como os problemas ambientais que podem ser causados pelo seu manejo inadequado, tornam problemática a localização dos aterros sanitários nos centros urbanos maiores, apesar de serem a alternativa mais econômica a curto prazo.
Os incineradores, indicados sobretudo para materiais de alto risco, podem ser utilizados para a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam menos espaço nos aterros e reduz-se o risco de poluição do solo. Entretanto, podem liberar gases nocivos à saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos municípios.
As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes no lixo em adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros. É difícil cobrir o alto custo do processo com a receita aferida pela venda do produto. Além disso, não se resolve o problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja possibilidade de depuração natural é menor.

IMPLANTANDO A COLETA SELETIVA
A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são uma solução indispensável, por permitir a redução do volume de lixo para disposição final em aterros e incineradores. Não é a única forma de tratamento e disposição: exige o complemento das demais soluções.
O fundamento deste processo é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais) do restante do lixo, que é destinado a aterros ou usinas de compostagem.
A implantação da coleta seletiva começa com uma experiência-piloto, que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material.
É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico).
A instalação de postos de entrega voluntária em locais estratégicos possibilita a realização da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da sociedade, a partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping centers e edifícios comerciais e públicos.
Deve-se elaborar um plano de coleta, definindo equipamentos e periodicidade de coleta dos resíduos. A regularidade e eficácia no recolhimento dos materiais são importantes para que a população tenha confiança e se disponha a participar,
Não vale a pena iniciar um processo de coleta seletiva se há o risco de interrompê-lo, pois a perda de credibilidade dificulta a retomada.
Finalmente, é necessária a instalação de um centro de triagem para a limpeza e separação dos resíduos e o acondicionamento para a venda do material a ser reciclado.
Também é possível implantar programas especiais para reciclagem de entulho.

RECURSOS
O custo de operação do projeto varia em função do município, sendo considerado baixo um custo de US$ 150 por tonelada de resíduo coletado. A receita aferida com a venda do material é, em média US$ 45 por tonelada de plástico, US$ 502 para alumínio, US$ 30 para vidro, US$ 100 para papel de primeira e US$ 48 para aparas de papel.
Os custos de transporte são os maiores limitantes da coleta seletiva. Distâncias superiores a 100 Km entre a fonte dos resíduos e a indústria de reciclagem tendem a tornar o processo deficitário. O processamento primário dos materiais (através de equipamentos como prensas e trituradores) aumenta seu valor e atenua o problema. Para a coleta, a prefeitura pode colocar caminhões com caçamba e pessoal à disposição ou contratar os serviços. Uma campanha informativa pode custar à prefeitura apenas a impressão dos folhetos e cartilhas. A prefeitura deve dispor de uma área para o centro de triagem.
A iniciativa privada atua na reciclagem apenas nas atividades mais lucrativas; procurar novas formas para seu envolvimento que reduzam os gastos públicos é um desafio para as prefeituras. Tais parcerias podem ocorrer através do fornecimento de cartilhas, folhetos e sacos para o recolhimento do lixo, da colocação de postos de entrega, da organização da coleta seletiva no interior de edifícios e instalações comerciais, da compra de materiais reciclados ou mesmo da instalação de indústrias de reciclagem ou processamento primário, mesmo que de pequeno porte.
Parcerias com entidades da sociedade civil, através de campanhas de esclarecimento, instalação de postos de entrega, organização e realização da coleta e separação dos materiais, ampliam o alcance das ações e reduzem custos.
Consórcios intermunicipais possibilitam economias de escala, com ações conjuntas entre prefeituras. Tão importante quanto o investimento, é o papel do governo municipal como articulador junto à sociedade e outros governos.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS
Em Niterói-RJ, a iniciativa partiu dos moradores de um bairro, em 1985, que contaram com o apoio da Universidade Federal Fluminense e de uma entidade do governo alemão. A prefeitura apenas cedeu um técnico, temporariamente, e fez a terraplanagem do terreno. Os moradores administram o serviço, investindo o lucro em atividades comunitárias.
Curitiba-PR criou, em 1989, o projeto "Lixo Que Não é Lixo", iniciado com um trabalho de educação ambiental nas escolas.
Em seguida, foi distribuída uma cartilha à população e iniciada a coleta domiciliar e em supermercados, onde os resíduos recicláveis são trocados por vales-compra. A prefeitura assume o custo de coleta e o material recolhido é doado a uma entidade assistencial, que o processa e comercializa, destinando o lucro para suas atividades assistenciais.
A coleta seletiva criou condições técnicas para a implantação de uma usina de compostagem na cidade, pois boa parte do material inorgânico (metais, vidros, etc) já é separado, reduzindo os custos de operação da usina.
A instalação da usina de reciclagem de Vitória-ES, em 1990, em um antigo "lixão", evitou enormes prejuízos ambientais e reuniu trabalhadores que viviam em condições sub-humanas, explorados pelas "máfias do lixo", controladas por aparistas e sucateiros, dando-lhes melhores condições de trabalho e remuneração.
Da avaliação dessas experiências, pode-se dizer que a participação da população é a principal condição para o sucesso da coleta seletiva.

RESULTADOS
a) Ambientais: Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que representam em torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos aterros sanitários, prolongando sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar, também, com uma usina de compostagem, os benefícios são ainda maiores. Além disso, a reciclagem implica uma redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos naturais, através da economia de energia e matérias-primas.

b) Econômicos: A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresenta, normalmente, um custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias ou empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e mesmo produzir benefícios para as entidades ou empresas.
De qualquer forma, é importante notar que o objetivo da coleta seletiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando ganhos ambientais. É um investimento no meio ambiente e na qualidade de vida. Não cabe, portanto, uma avaliação baseada unicamente na equação financeira dos gastos da prefeitura com o lixo, que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais e econômicos da coletividade. A curto prazo, a reciclagem permite a aplicação dos recursos obtidos com a venda dos materiais em benefícios sociais e melhorias de infra-estrutura na comunidade que participa do programa. Também pode gerar empregos e integrar na economia formal trabalhadores antes marginalizados, como no caso de Vitória-ES.

c) Políticos: Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, como no caso de Curitiba, a coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um papel ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades de aproximação entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da sociedade civil.

AUTORES
Maria das Graças F. dos Santos
Antonio
Edinalva
Flávio
João; Maria das Graças
Maria
Marinalva
Mario
Nair
Raimundo
Ailton
José

Profª Maria Isabel de Almeida - EMEISU Doroti - Itu

 



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Todos premiados receberam certificados.

Além disso, 1
º e 2º colocados ganharam prêmios oferecidos por empresas da região e pela AIPA, além de terem seus trabalhos reproduzidos no jornal Urtiga (edições 164 e 165).

As escolas e professores de alunos vencedores, com importante participação no Concurso da Primavera, ganharam certificado da AIPA.



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