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CONCURSO DA PRIMAVERA 2004

DÉCIMA SEGUNDA EDIÇÃO!!!


TEMA CENTRAL
“LIXO: REDUÇÃO, REUSO, RECICLAGEM - CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO”
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PREMIADOS DA CATEGORIA - TERCEIRA IDADE

SUB-TEMA 1 - MEMÓRIAS DO LIXO

Relatar como era o problema do lixo no passado, quando as pessoas reutilizavam embalagens (exemplo: garrafas de leite), e quando ainda eram raras embalagens descartáveis, como garrafas Pet

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PRÊMIO
SEJA CONSCIENTE: NÃO JOGUE SEU PLANETA NO LIXO.

(a ser publicado no jornal Urtiga)
 
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MEMÓRIAS DO LIXO

A Terra, no limiar dos tempos em que ficou pronta e apta para receber a raça humana, era o próprio paraíso. A natureza, pródiga, sempre produziu em abundância o necessário para o homem que a explorava de forma racional e não predatória, mantendo o equilíbrio ecológico.
Evidentemente, o volume populacional era ainda pequeno, mas o ser humano vivia em harmonia com os entes da natureza e, ainda mais, orientar-se pela voz de sua alma, de seu coração e não somente pelo raciocínio e pela ganância...

O termo "ecologia" foi criado pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, em 1886, que a definiu como sendo o estudo do inter-retrorelacionamento de todos os sistemas vivos e não-vivos entre si e com seu meio ambiente. Desse modo, conclui-se que, com o aumento da população e com a revolução industrial, já no século XIX teve início a preocupação com o meio ambiente.

Mas foi no século XX que os resíduos industriais e dejetos humanos na contaminação do meio ambiente cresceram assustadoramente. E a tendência é piorar a cada dia, se não houver medidas coercitivas, regulamentos severos e soluções adequadas.

A questão do lixo - quer seja industrial, residencial ou hospitalar - sempre foi e será um assunto de suma importância, tendo em vista os transtornos ou, mais que isso, um verdadeiro estrago, desastre mesmo, que ocasiona ao meio ambiente.

O progresso, fator de suma importância no desenvolvimento humano, se de um lado proporciona ao homem conforto e segurança; do outro traz problemas de ordem ambiental.
Creio que o maior vilão dessa história seja, em primeiro lugar, a indústria, seguida de perto por nós homens, atualmente chamados de consumidores.

Analisemos os fatos: não faz muitos anos, não existia no mercado essa gama enorme de produtos hoje conhecidos, os quais utilizam embalagens cada vez mais modernas e sofisticadas, porém, poluentes. Os mais velhos devem lembrar-se dos litros de leite, o qual era contido em garrafas de vidro reutilizáveis, e dos biscoitos que vinham em latas de vinte litros e eram vendidos a granel.
Mais recentemente, as garrafas de refrigerantes e cervejas não eram descartáveis, nem havia esta enorme variedade de produtos, tais como iogurtes, sucos, bem como uma gama enorme de muitos outros, inclusive de limpeza.

Se de um lado tínhamos o problema da higiene, ou seja, a necessidade de se lavar adequadamente as embalagens reutilizáveis a fim de que não transmitissem doenças, havia também o problema do espaço físico para sua guarda e ainda um certo perigo de quebra e ferimento, bem como, antes da troca, infestação por formigas e baratas nos recipientes, quase sempre contendo resíduos dos produtos.

Pagamos um preço enorme pelo progresso, o qual nos traz este ônus, pois a embalagem, um bem indispensável - pois protege, informa e promove o produto -, após o uso, transforma-se em lixo, e como tal também num problema.

Sabe-se que os maiores poluidores sempre foram as indústrias, as quais lançam seus detritos industriais aos rios (visando, acima de qualquer coisa, o lucro) e o homem, lançando seus esgotos, ambos sem o tratamento adequado.

Esta é, em curto prazo, a maneira mais fácil de usufruir as benesses proporcionadas pelo Planeta Terra, o qual tudo dá sem nada receber em troca e, por isso, vinga-se dos seus devastadores, independente de raça, cor, língua ou religião.

Planeta Terra - vivemos nele, vivemos com ele, mas precisamos também viver por ele, viver para ele, pois esta é a nossa casa planetária. Da mesma forma que cuidamos de nossa casa para nosso conforto pessoal e ainda receber os amigos, conhecidos, filhos e netos, assim também devemos cuidar para que nosso planeta tenha condições de abrigar confortável e seguramente as próximas gerações, nossos descendentes.

O francês Lavoisier, sabiamente, disse que nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Só que nesta luta injusta, o meio ambiente é perdedor, pois diante da alta tecnologia industrial, que lança centenas de milhares de produtos por minuto, a Natureza demora meses, anos ou até milênios para decompô-los.

Sabemos muito bem do tempo que necessário para que os produtos se biodegradem. Alguns, como o vidro, por exemplo, demoram dois ou três milênios, outros, como o lixo atômico, jamais irão degradar-se e seu acúmulo poderá trazer conseqüências terríveis, imprevisíveis e até mesmo irreversíveis.

Mesmo ainda que de maneira um tanto tímida, tais como coleta seletiva e reciclagem, estamos despertando para os danos da poluição, mas torna-se necessário total envolvimento, cooperação, responsabilidade e integração da população, a qual deve estar constantemente sendo sensibilizada e conscientizada pelos meio de comunicação.

Se traçarmos um paralelo considerando o crescimento da população e o crescimento das quantidades de lixo produzido, iremos ver que enquanto a população cresce em progressão aritmética, o lixo cresce em progressão geométrica.

Dados atuais informam que o Brasil produz atualmente 241.614 toneladas de lixo por dia, ou seja, quase quilo e meio por habitante por dia. Mas se levarmos em conta que a coleta só é feita nos aglomerados urbanos essa média, evidentemente, aumenta. No ano, o lixo coletado dá um volume astronômico e altamente preocupante de 88 milhões de toneladas (é lixo que não acaba mais), dos quais, revelam estes mesmos estudos, 76% são depositados a céu aberto em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% em usinas e 0,1% são incinerados, sendo então reciclados os insignificantes, 0,9% restantes.

Temos, pois que dar todo apoio à reciclagem, pois isso irá diminuir os custos com aterros sanitários e incineradores bem como a recuperação das áreas degradadas pelos lixões, minimizando ainda as despesas na compra de matérias-primas, gerando ainda renda e benefícios sociais.

Bem disse Leonardo Boff: "o bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sócio-cósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismos, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos e sem os quais nós mesmos não viveríamos".

Apesar de tudo, na opinião do poeta libanês Khalil Gibran "A Terra ama a raça humana, pois ela se delicia com nossos pés descalços pisando a areia e os ventos anseiam por brincar em nossos cabelos".

E nós devemos ter a sensibilidade de corresponder a esse amor.



AUTOR
Orestes Nardelli Bonini - Itu

 



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2º PRÊMIO
MEMÓRIAS DO LIXO


(a ser publicado no jornal Urtiga)
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ECONOMIA FEITA COM A RECICLAGEM

  • 1000 Kg de papel = 20 árvores poupadas
  • 1000 Kg de alumínio reciclado = 5000 Kg de minérios extraídos
  • 1000 Kg de plástico reciclado = milhares de litros de petróleo poupados
  • 1000 Kg de vidro reciclado = 1300 Kg de areia extraída poupada

Concluímos que precisamos mudar rapidamente nossos hábitos de consumo pois grandes áreas em torno das cidades estão sendo usadas como depósitos de lixo e que demorarão centenas e até milhares de anos para se decompor. Estes aterros estão formando cinturões em torno das cidades e nos levam a projetar um futuro nada agradável para as próximas gerações.

Precisamos retornar a hábitos antigos, quando utilizávamos menos as embalagens descartáveis.
Lembranças nos trazem de volta, a utilização das cestas para fazermos compras nas feiras, armazéns, mercados. Utilizávamos litros para adquirir leite, óleo, bebidas. Estes litros eram devolvidos e fazíamos inclusive economia pois só pagávamos o conteúdo e não a embalagem.
Por incrível que possa parecer, países como a Suécia, Dinamarca, Finlândia, adotaram há pouco mais de 4 anos, leis que diminuem as embalagens descartáveis e incentivam com descontos, a utilização de embalagens duráveis ou recicláveis, reduzindo em 16% a geração de embalagens descartáveis nos aterros.

Devemos mudar nossos hábitos e preferir comprar mercadorias e produtos com menos embalagem.
Não é difícil recusar sacos plásticos nos mercados, açougues, padarias, feiras e comércio em geral. Leve embalagens duráveis (cestas - sacolas - vidros) e recuse embalagens descartáveis (garrafas PET, sacos e copos plásticos, pratos de isopor e produtos descartáveis em geral).
É somente com atitudes de cada cidadão, que conseguiremos reduzir a geração de lixo e diminuir os aterros em torno das nossas cidades.

* Reciclando você vai ajudar a preservar a natureza!!!*.

Para compreendermos melhor a problemática atual do lixo no Brasil, precisamos definir a composição deste lixo, fazendo uma análise daquilo que descartamos e que atualmente está depositado nos aterros sanitários.
Estudos de Engenharia Sanitária mostraram que o lixo produzido pela população, sofreu em sua composição, com o passar dos anos:

 
1940
1960
1980
2000
Vidro
1,4
2,6
4,2
2,8
Papel/papelão
16,7
29,2
17,0
13,8
Metal
2,2
4,2
3,2
1,8
Plástico
---
1,2
4,3
11,4
Matéria Orgânica
76,0
52,2
55,0
69,0
Outros
3,7
10,6
16,6
1,2
TOTAL
100,0
100,0
100,0
100,0

Além disto, a produção de lixo era de 420 gramas (0,420 Kg) por pessoa, por dia, em 1960 e em 2000 a produção já atingiu 680 gramas (0,680 Kg) por pessoa, por dia.

Se lembrarmos que:
Tempo de decomposição, estando exposto na natureza:

  • Plástico: mais de 100 anos
  • Papéis: de 3 a 6 meses
  • Latas de alumínio: 100 anos
  • Tampa de garrafa: 150 anos
  • Vidro: mais de 10.000 anos

AUTOR
Francisco Marussi (67 anos)
Grupo Saltense da Melhor Idade - Salto




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Todos premiados receberam certificados.

Além disso, 1
º e 2º colocados ganharam prêmios oferecidos por empresas da região e pela AIPA, além de terem seus trabalhos reproduzidos no jornal Urtiga (edições 164 e 165).

As escolas e professores de alunos vencedores, com importante participação no Concurso da Primavera, ganharam certificado da AIPA.



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