TEMA CENTRAL
“MEU MUNICÍPIO, MINHA CASA”

PREMIADOS DA CATEGORIA TERCEIRA IDADE

SUBTEMA:
"Meu município, antigamente"

DESAFIO:
Discutir como era o município (meio ambiente urbano, ou rural), o que se modificou negativamente, e o que pode ser feito para resgatar o que se perdeu, e criar redação ou trabalho artístico sobre o tema.

• PRÊMIO ESPECIAL - ARTE
  
  
• 1.º PRÊMIO - MEMÓRIA
  
  
• ENTRE EM CONTATO COM A AIPA

Vou falar da minha cidade
Dos tempos que longe vão
Ela era bem cuidada
Não tinha poluição.

Suas ruas eram de terra
Não tinha asfalto, não
E quando a chuva caia
Não havia inundação.

Nossos rios eram bem limpos
Com água pura e transparente
Tendo peixes em abundância
Pescado por nossa gente.

A cachoeira tão linda
Coisa igual eu nunca vi
Formado pelos dois rios
Tietê e Jundiaí.

O encontro dessas águas
Era muito lindo ver
Eu ainda era criança
Mas jamais vou esquecer.

Guardo muita recordação
Da minha querida cidade
Dos rios que eram tão limpos
Quando eu tinha pouca idade.

Sem espuma e sujeira
Era uma linda visão
Hoje porúm tudo isso
Ficou só no coração.

Agora vendo a poluição
Dá vontade de chorar
Pois a gente não pensava
Que tudo fosse mudar.

Mudou muito o nosso rio
E a sujeira de longe vem
A água vem quase preta
E tem cheiro ruim tambúm.

Refazer a mata ciliar
Também é dever do povo
Para que os nossos rios
Voltem a ter vida de novo.

Está na hora de alguém
Tomar uma providência
Cuidando dos nossos rios
Com respeito e urgência.

Se ninguém se preocupar
E nada tentar fazer
Não passará muito tempo
Ficaremos sem água para beber.

Outra coisa lembro ainda
Com muita recordação
Os trens que vinham chegando
Na pequena estação.

íamos até Jundiaí
Na maior empolgação
Porém parava em Itaici
Para fazer baldeação.

Era muito divertido
A gente ia a cantar
Dentro do trem balançando
Vendo a paisagem passar.

Mas tudo parece sonho
O trem também acabou
E naquela pequena estação
Nunca mais o trem passou.

Hoje o trem é só de carga
Pois passageiro não tem
Tudo foi desativado
A gente nem sabe por quem.

Tomara voltasse logo
Os trens na linha correr
Com seus passageiros dentro
Felizes, podemos crer.

Falar um pouco também
Da fábrica tão querida
A nossa "Mãe Brasital"
Que a muita gente deu vida.

Quantos vieram de fora
Para nela trabalhar
Aqui criaram raízes
E não quiseram mais voltar.

Mas como tudo tem fim
Ela também acabou
E com tristeza me lembro
O dia que ela fechou.

No coração do saltense
Ficou somente saudade
Porúm hoje ali está
Uma grande "faculdade".

Gostaria que voltasse
Tudo do jeito que era
Para que a gente pudesse
Sorrir de toda quimera.

Agora na 3ª Idade
Quero tudo aproveitar
Participar de concursos
E muitos prêmios ganhar.

Hoje sou muito feliz
E com orgulho pudera
Escrevi esta poesia
Para o "Concurso da Primavera".

AUTORA: Margarida T. Fontana (58 anos)

Associação Filantrópica Renascer - Salto